MALDITAS LESÕES!

Nesse post vou tratar de três jogadores que talvez não conseguiram chegar ao auge por conta de graves lesões na carreira, um deles mais consolidado no futebol, um ainda tenta se firmar e outro precisa confirmar pelo menos metade do que poderia ser, trata-se dos argentinos Fernando Redondo e Gago e do brasileiro PH Ganso.

Um jogador muito badalado da história do futebol argentino foi Fernando Redondo, um dos maiores meio campos da história do futebol mundial, cria do seleiro mais famoso da Argentina, o Argentino jrs, que de lá já saíram Riquelme e Maradona por exemplo, era a grande esperança de jogador do futebol portenho.



Muito jovem já demonstrava seus dotes, um volante raro, uma tremenda visão de jogo e um passe inigualável. O seu fator defensivo e ofensivo eram irretocáveis.Técnico, elegante, protegia a bola como poucos, tinha um exímio toque de bola, eficiente na marcação e na armação de jogadas, jogava com muita classe além de ter um grande espírito de liderança. Muito atormentado por lesões ao longo de sua carreira, ele talvez não tenha chegado ao ápice técnico que ele poderia alcançar.

Jogou no Real Madrid por 6 anos, fez 165 partidas e 6 gols, jogou ainda no Tenerife, fez 103 partidas e 8 gols. Encerrou sua carreira no Milan, onde ficou 4 anos e disputou 16 partidas sem gol. Redondo disputou 48 partidas pela Seleção Argentina e participou da Copa do Mundo de 1994 e não foi a de 98 por conta da imposição de Passarela na época, que não permitia jogadores de cabelo grande. Sem dúvida alguma, o grande jogador da posição em sua época.



Quando Fernando Gago surgiu no Boca no meados dos anos 2000, parecia que a busca por um volante a moda antiga tinha acabado. Depois de Redondo, a seleção se ressentia muito de um jogador naquela posição, por característica de jogo, algo que passou por Sensini, Simeone e até mesmo o voluntarioso Lucho Gonzalez. Principalmente a crença de que ele seria o grande "messias" foi sua ida ao Real Madrid no verão de 2007. Nos primeiros meses de Real Madrid, Gago acabou se adaptando à Espanha e alternou, em vários momentos, como titular e reserva na equipe branca. Com o treinador alemão Bernd Schuster, Gago foi bastante utilizado na temporada 2007/08 e se firmou como titular do clube merengue, o que se seguiu também na temporada 2008/09.

Com a chegada de José Mourinho ao clube, o argentino se tornou obsoleto ao estilo que Mourinho gosta. Contusões e empréstimos que foram desastrosos para o jogador, minaram sua permanência na Europa. No Real foram 92 jogos e 1 gol. Na Roma foram 29 jogos e 1 gol. No Valencia 18 jogos e nenhum gol. A verdade é que também não causou grande comoção em parte alguma, a ponto de ser comprado ao Valencia e pouco utilizado por Valverde, o jogador voltou a argentina, veio para o Vélez, onde também não conseguiu ser unanimidade. O Valencia já o vendeu de volta ao Boca Juniors, talvez represente um recomeço para o ainda não tão jovem jogador de 27 anos.



E por fim, gostaria de mencionar o jogador brasileiro que mais se aproximava da elegância e qualidade técnica desses dois, Paulo Henrique Ganso, jogador que surgiu feito um furacão no excelente time do Santos da temporada 2010. Foi campeão do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil sendo eleito o craque da competição com o Santos. Com a boa fase do Santos, o meia esteve em evidência na mídia devido a suas excelentes participações no desenvolver das partidas e recebendo diversos elogios da crítica esportiva e muitos o considerando melhor que Neymar. Ao lado de Neymar, foi um dos mais assediados do futebol brasileiro nesse ano, chegando à Seleção Brasileira. 

Com a 10, atuou na vitória sobre os Estados Unidos, no dia 10 de agosto de 2010. Foi apontado como o novo "maestro" dessa nova geração dirigida pelo técnico Mano Menezes, mas em uma partida contra o Grêmio, realizada em 25 de agosto no Estádio Olímpico, sofreu uma entorse no joelho esquerdo que ocasionou a ruptura do ligamento cruzado posterior. A previsão para recuperação foi de seis meses e ele só voltou a jogar futebol somente no ano de 2011.

Nessa temporada, Ganso jogou 15 partidas, deu quinze assistências e marcou treze gols.

Depois dessa temporada e essa contusão, o jogador jamais repetiu um minuto sequer daquelas atuações, o craque paraense foi do olimpo do futebol ao limbo em basicamente 3 temporadas, a sua ida ao São Paulo representava um recomeço ou retomada. Mas nada aconteceu desde de então. Antes era dito como um jogador clássico, hoje é um jogador lento para os dias atuais.

A NOVA REALIDADE

Sheikh Abdullah Bin Nasser  tinha grandes planos para o Málaga, quando chegou em 2010 ao clube. O multi-milionário do Qatar faria o clube, um dos principais do futebol espanhol. Mas o empresário dos emirados parece ter perdido o interesse no clube dois anos após a aquisição.

As limitações financeiras levaram o presidente Fernando Sanz , buscar investidores. Sanz viajou para Doha (Qatar) em  junho 2010, quando anunciou a venda do clube andaluz ao Sheikh Abdullah bin Nasser Al-Thani. O novo proprietário logo foi fazer uma visita ao clube. Imediatamente foram aberto os cofres para contratações de jogadores para um grande elenco, capaz de ser um dos grandes. Julio Baptista e Demichelis foram os primeiros a chegar a Espanha. Manuel Pellegrini chegou ao clube 4 meses depois da demissão do técnico português que não conseguiu sucesso. O clube terminou a temporada de 2010/11, com 46 pontos e na 11 º colocação.

Em junho de 2011, Al-Thani investiu 150 milhões de euros no clube, o Malaga conseguiu trazer mais gente de peso, casos de van Nistelrooy , Diego Buonanotte , Nacho Monreal, Toulalan, Mathijsen, Joaquín Rodríguez e Santi Cazorla, esse último, o jogador mais caro da história do clube. O 4º lugar da liga em 2012, cumpriu os objetivos do clube, chegar a UCL. Foram para a fase pré-eliminar da UCL e eliminaram o Panathinaikos e o acesso pela primeira vez em sua história na Liga dos Campeões estava selado.

No fim do ano passado, a UEFA suspendeu o Málaga da disputa da UCL pelos próximos 4 anos. Além disso, o clube foi multado em 300.000 euros. Essa punição é um "castigo" pelas dívidas que o clube tem com seus empregados e com a administração pública. De acordo com as novas regras impostas pela FIFA, o chamado, Far Play Financeiro. Esta penalidade provocou uma série de reações no clube: Manuel Pellegrini, na época técnico do clube, declarou que era muito pesada a sentença e o diretor do clube, Vicente falou de uma decisão injusta. Além disso, o governo da Andaluzia manifestou o seu apoio ao clube.

Em agosto de 2012, o sheik anunciou o desejo de vender o clube para outra pessoa. Um possível candidato é o russo de origens albanesas, dono de uma petrolífera, a Taci Oil Razart. Essa empresa já patrocina o Bologna e Milan na Itália.No fim dessa temporada o 1° a sair foi o técnico Manuel Pellegrini , que deixou o clube pelos rumos diferente que o clube estava levando e acertou sua ida ao Manchester City.

Clubes espanhóis têm freqüentemente experiências ruins com investidores estrangeiros. Alavés e Racing Santander estão bem céticos com possíveis investidores da Ucrânia e EUA. Além disso, a chegada do multi-milionário indiano Ahsan Ali Syed ao mesmo Racing Santander levou a um caos, que rebaixou o clube.

O Málaga acertou a contratação do novo técnico, será o alemão Bernd Shuster. O treinador acertou por cinco temporadas e terá Fabio Celestine, ex-jogador do Getafe, como seu assistente. "O Málaga CF oficializou o acordo com treinador Bernd Schuster. O clube andaluz confia no técnico alemão para desenvolver um projeto de longo prazo, por isso, assinou um contrato para as próximas cinco temporadas. Schuster, apoiado por sua ampla experiência como jogador e treinador, se junta à disciplina malaguista depois de dirigir, entre outros." E a ida de Isco para o Real Madrid pelo valor de 36 milhões de euros, cerca de 98 milhões de reais, pode dar um gás nas finanças do clube.

Málaga será o quarto time da primeira divisão espanhola na carreira do treinador, Levante (2004/05), Getafe (2005 a 2007) e Real Madrid (2007 a 2008). Além disso, ele treinou de 2001 a 2003 o Xerez, da segunda divisão. Como jogador, foi meio campista de clubes top na Espanha: Barcelona (1980-1988), Real Madrid (1988-1990) e Atlético de Madrid (1990-1993).

Jogadores que deixaram o clube:

Joaquín (Fiorentina), Iturra (Granada), Pellegrini (Manchester City), Lugano (PSG), Isco (Real Madrid), Onyewu, Demichelis (Atlético), Baptista (Cruzeiro), Saviola (Olympiakos) e Toulalan (Monaco).

Jogadores que chegaram (Note a diferença do investimento):

Schuster, Recio (Granada), Juanmi (Racing), Pedro Morales, Antunes, Ferreira, Anderson (CasaBlanca), Tissone (Sampdoria) e Angeleri (Estudiantes).

Possíveis chegadas:

Gulüm (Besiktas), Bendtner (Juventus), Zé Castro (Deportivo), Ibrahim (Zamalek) y Postiga (Zaragoza).

HORA DO PASSO SEGUINTE?

Depois de muitos anos, o atlético de Madrid entra na liga com algumas perspectivas interessantes. Talvez a primeira delas, em décadas, é desafiar os poderosos Real e Barça na briga pelo caneco, fato que não ocorre desde da temporada 2003/04, quando o Valencia "ousou" desbancar os gigantes. De lá pra cá, Barça e Real se alternam nas conquistas. Foram 6 títulos culés e 3 dos madridistas. A última vez que o Atlético levantou a taça foi na temporada 1995/96, depois de um longo jejum de 19 anos sem festa no Vicente Calderón.

Mas porque acreditar que a temporada que se avizinha pode ser diferente para os colchoneros? Já que o clube tem um arsenal enorme de frustrações inigualáveis, como por exemplo no período do vergonhoso rebaixamento em que o clube se envolveu no final dos anos 90 (1999/2000). Muitos grandes pelo mundo costumam cair por um momento ruim, mas não subir na temporada seguinte é inconceptível. Atlético conseguiu essa proeza, em não subir na temporada 2000/2001, quando ficou em 4°, perdendo para o Tenerife no saldo de gols. 



De lá pra cá o Atlético vem se recuperando aos poucos, consegue fazer campanhas seguras. As temporadas mais próximas do fim da década representaram de fato a recuperação do time Madrid. Desde de o título, o clube obteve suas melhores colocações na liga, dois 4° lugares em 2006/2007 e em 2008/2009.

Na temporada seguinte, o Atético definitivamente voltou ao cenário internacional, quando bateu o Fulham na final da UEL, com um show a parte da dupla Agüero e Forlán. Nesse mesmo ano chegou a final da Copa Del Rey, mas perdeu para o Sevilla. Em 2011/2012, sob o comando de Diego Simeone e os gols de Falcão Garcia, o time foi bicampeão da UEL em cima do seu "pai" Athletic (clube de Madrid foi formado por dissidentes do clube basco). E no fim da temporada passada, talvez, tenha acontecido o mais importante de tudo, o Atlético bateu seu eterno rival, em pleno Santiago Bernabeu, na final da Copa do rey.

Olhando as três últimas temporadas, o Atlético ficou com o 7° lugar em 2010/11, em 2011/12 ficou em 5° e na última temporada, ficou com o 3° posição, melhor classificação desde de 1996. Naturalmente, essa temporada, Simeone e seus comandados entram com chances de brigar ainda mais alto. Principalmente contando com o período de instabilidade que passam os dois gigantes, no Real chegada de um novo técnico e no Barça idem.

Essa empolgação toda está nas palavras do próprio Simeone. O treinador do Atlético Madrid, Diego Simeone, assegurou que os colchoneros têm um grupo mais forte do que na temporada passada.

“Temos uma equipe muito mais competitiva do que quando cheguei aqui. Já fomos mais fortes no ano passado e esta época vamos ser ainda mais, com David Villa, Demichelis, Leo Baptistão e Giménez”, garantiu Simeone na entrevista coletiva de pré temporada.

O técnico argentino não fecha a porta para possíveis chegadas e saídas até ao encerramento do mercado de transferências. “Estamos perto de fechar o plantel e até terminar o mercado de transferências prefiro deixar as portas abertas porque no futebol tudo muda rapidamente”, disse.

Chegaram pra essa temporada, Leo Baptistão (Rayo Vallecano), Demichelis (Málaga),  David Villa (Barcelona) e Giménez (Danúbio-URU)

UMA LIGA MAIS CASEIRA

A abstinência de Serie A é tão grande que fui procurar alguns aspectos da temporada passada que ajudariam a matar as saudades e poderiam explicar em partes o domínio supremo da Juventus por toda a temporada. Numa analise um pouco mais especifica em cima dos 6 primeiros colocados, Juventus, Napoli, Milan, Fiorentina, Udinese e Roma e usei também a Inter de Milão, por questões óbvias, olhei para os planteis usados em toda temporada e observei o numero de jogadores da terra usados por cada time.

O time que mais venceu e menos perdeu e se sagrou bicampeão italiano, a Juventus de Turim, foi o time que mais usou italianos em seu elenco, 16, dos quais 7 foram titulares e se tornaram a base da seleção italiana que disputou a Eurocopa e a copa das confederações. O vice campeão da temporada, o Napoli contou com 14 italianos no elenco total dos quais, 6 eram titulares. O Milan, que fez uma campanha bem abaixo daquilo que se espera do segundo maior campeão italiano e europeu, o time milanês contou também com 14 italianos dos quais, 7 foram titulares.

O 4° colocado, A Fiorentina contava com 14 italianos, dos quais 5 foram titulares e a Udinese a 5° colocada conta com 10 italianos no elenco dos quais, 4 foram titulares. Já a Roma que ficou em 6° lugar, 25 pts atrás da Juventus e 10 de distancia da zona de UCL, contou apenas com 8 italianos, dos quais três são titulares, Destro, De Rossi e Totti. E a tradicional Internazionale que ficou com a medíocre 9° colocação contando com uma temporada bem difícil em todos os sentidos, tem apenas 3 jogadores italianos no elenco, dos quais um é titular, o zagueiro Ranocchia. 

Um detalhe relevante é que todos os times sitados a cima tinham como comandantes italianos, Conte (Juventus), Napoli (Mazzarri), Milan (Allegri), Fiorentina (Montella), Udinese (Guidollin), Roma (Andreazzoli) e Internazionale (Stramaccioni). Para atual temporada, apenas Roma, Napoli e Inter mexeram no seu comando técnico. A equipe da capital apostará no bom retrospecto do francês Rudi Garcia a frente do Lille na França. Já a equipe do sul da bota aposta no odiado, exceto pela torcida do Liverpool, Rafa Benitez, depois dos quatro anos de Mazzarri, que por sua vez, vai comandar a equipe do norte da Itália, a Inter, que precisa de fato de um rumo.

Todo esse levantamento feito quer dizer uma coisa, a Serie A, diferente da liga inglesa, que talvez seja a maior liga do mundo atualmente, ainda é muito "italiana". Os times mais bem colocados na competição tem em sua maioria jogadores italianos. O exemplo de fracasso mais redundante nessa temporada, a Internazionale deu mostras de que um time sem italianos é fadado ao fracasso. Apesar do domínio que exerceu no fim dos anos 2000, quando tinha poucos italianos no elenco.

E um último detalhe, é que a Itália passa por um processo de reformulação de suas categorias de base e investimentos altos em formação de novas valores italianos, para evitar exatamente o que acontece com a Inglaterra, que faz anos que não consegue revelar alguém e deixa a seleção muito frágil. O torneio de primavera é um ótimo exemplo disso.

COM UM MARINHEIRO DE 1° VIAGEM NA EUROPA

Após uma campanha irreparável, e de certo modo bem surpreendente para uma equipe que não tem um investimento tão alto, mas a eficiência na ultima temporada espanhola foi a marca do time. A tradicional equipe de San Sebastian, a Real Sociedad, conseguiu uma classificação a uma competição europeia, mais especificamente a UCL, o que não acontecia desde da temporada 2003/04, quando foi eliminado pelo Lyon nas 8° de final. 

A campanha foi marcada pelo 4° lugar com: 66 pontos resultados de 18 vitórias, 12 empates e 8 derrotas. A Real Sociedad vai disputar o "play-off" da Liga dos Campeões nessa temporada após ter ficado atrás de Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid, o que já é por si só um grande feito, levando em consideração a diferença de investimentos.

Mas a notícia da saída do técnico, um dos grandes responsáveis por isso tudo, foi pego um pouco de surpresa, principalmente pela não continuidade no bom trabalho a frente da equipe do pais basco. O técnico francês Philippe Montanier montava a equipe no esquema da moda, o 4-2-3-1. Mas, apesar de adotar essa tática que já não é mais novidade, usava muita rotatividade dentro de uma mesma escalação. E o maior exemplo disso era o capitão Xabi Prieto. Normalmente Xabi joga como o meia mais próximo do ataque, o mais centralizo dos três. Entretanto, já atuou como volante e nos últimos jogos foi deslocado para a direita em algumas ocasiões, como no jogo contra o barça.



Um dos motivos pela não renovação de Montanier esbarrou no tempo de contrato, a Real Sociedad ofereceu um ano de contrato, já o Rennes, clube francês da primeira divisão local, ofereceu três anos. Talvez tenha havido uma falta de sensibilidade da diretoria da Real, por se tratar de alguém que levou o clube a Europa depois de alguns anos.

A solução encontrada para substituição do francês foi caseira, no clube desde 2010, quando se tornou técnico das categorias de base do clube, Arrasate, de 35 anos, foi efetivado como membro da comissão técnica profissional na última temporada. Seu grande desafio nesta temporada é a Liga dos Campeões da Europa, em que o time de San Sebastián disputará a partir da terceira fase eliminatória. Outro nome que foi ventilado e era desejo da diretoria era o do argentino Gerardo Martino, ex-técnico do Newell's Old Boys, que levou o clube a semifinal da Libertadores, mas o acerto não aconteceu porque o técnico pediu para sair apenas após o término da participação do clube de Rosário no torneio continental.

"Jagoba Arrasate foi escolhido para seguir a linha estratégica dos últimos anos", anunciou o presidente Jokin Aperribay, em entrevista. Aperribay considerou ainda que o conhecimento da Real Sociedad por Arrasate foi outra característica determinante para a escolha do novo treinador.

O basco Jagoba Arrasate, de 35 anos, é um ex-jogador que não alcançou nada de muito relevante na carreira, sempre jogou em clubes de divisões inferiores. Apenas alguns meses depois de pendurar as chuteiras fez sua estréia como treinador da sua equipe da sua cidade natal, o Berriatuko, durante a temporada 2007/08, em Vizcaya.

Essa será a grande experiência da vida de Arrasate, até porque ele tem um dos maiores desafios nos últimos 10 anos do clube, passar as fases pré eliminares da UCL e se classificar a fase de grupos, o que representaria uma quantia entrando nos cofres do clube. Para isso não poderá mais contar com Illarramendi, que foi vendido ao Real Madrid por 38 milhões de euros.

O principal jogador do time será o mexicano Carlos Vela (12 gols e 10 assistências na última temporada), que joga tanto como uma referência no ataque, como um meia aberto na direita, Agirretxe será o responsável por empurrar a bola pro barbante.
Outro ponto a ser destacado é a juventude da equipe. Apenas dois jogadores estão na casa dos 30 anos: o goleiro Bravo e o defensor Ansotegi, que é reserva. Um dos melhores zagueiros do campeonato, Iñigo Martínez tem apenas 21 anos e provavelmente já tem gente graúda de olho no ótimo defensor. Mais um destaque é Griezmann, muito habilidoso o francês se mantem titular a três temporadas com apenas 18 anos. O francês marcou sete gols no último campeonato Espanhol.

UMA CAMPANHA SEGURA, É ISSO?

Ernesto Valverde é o homem responsável para dar rumo ao tradicional Athletic Bilbao, após a saída do argentino Marcelo Bielsa, que ficou no clube por dois temporadas e recusou um acordo de renovação de dois anos. O treinador espanhol, que deixou o Valencia na temporada passada, assinou com o clube que mais fez sucesso como jogador, um contrato de três anos.

Ernesto Valverde tem longa história no Athletic Bilbao, onde atuou como atacante de 1990 a 1996. Foi também no clube basco que ele começou a carreira como treinador, em 2003. Desde então, passou por Espanyol, Olympiacos e Villarreal até chegar ao Valencia, que o contratou na segunda parte da última temporada para substituir Mauricio Pellegrino.

Como jogador do Athletic, tem números bem interessantes, fez um total de 170 jogos com 44 gols ao todo. Sua carreira tiveram 14 anos de duração, formado pelo Alavés, se destacou em suas passagens também pelo Barcelona onde ficou dois anos e no Espanyol. Quando se aposentou, Valverde iniciou sua carreira como técnico nas canteiras do Athletic Bilbao. Quatro anos mais tarde, tornou-se auxiliar técnico do time principal e em 2002, ele foi promovido a técnico do time principal e logo no ano seguinte, na temporada 2003/04, o clube terminou em quinto e classificado para a extinta copa da UEFA, atual UEL.

Valencia de Valverde ganhou a 66,66% dos pontos da liga nos jogos no Mestalla e 62,5% longe de casa. Jogando longe de Valencia foi muito positivo, considerando que Pellegrino, seu antecessor, teve apenas 9,5% dos pontos. Essa diferença é o que finalmente fez o Valencia de Ernesto Valverde apresentar alguns números que podem ser considerados brilhantes.

Ele rapidamente já se mexeu em direção a reforços para o clube, principalmente com a saída de jogadores importantes como Llorente, que assinou com a Juventus e Amorebieta, que foi embora para o Fulham da Inglaterra. As contratações foram poucas mas bem consideradas pela torcida do clube, Beñat Etxebarria do Real Betis para reforçar o meio-campo e ao mesmo tempo trouxe dois jogadores, um que se formou na base do clube e estava fora, Xabi Etxeita que estava no Elche, rec´me promovido a primeira divisão espanhola e o outro formado pelo rival, Real Sociedad e estava no Valladolid, Mikel Balenziaga. E para dar ao clube uma opção de ataque ao lado de Aduriz, o clube contratou o atacante Kike Sola do Osasuna. Com estes reforços, bem com a promoção dos jovens da base como Laporte e Ramalho, o Atlético parece ter um bom início de temporada com Valverde e essa política de base.

VOLTA AS ORIGENS

Uma das escolas mais tradicionais do futebol europeu e mundial precisa se adaptar aos novos tempos. Um enorme celeiro produtor de grandes jogadores como: Johan Cruyff, Dennis Bergkamp, Johan Neeskens, Rob Rensenbrink, Ruud Krool, Frank De Boer, Edgar Davids e etc. O futebol holandês já não é mais capaz de ter os seus grande times disputando o título da UCL, mesmo o poderoso Ajax, 4 vezes campeão dessa competição, hoje não passa de um coadjuvante de luxo. O futebol holandês hoje é apenas um grande exportador de jogadores. Apesar do vice-campeonato mundial da seleção holandesa em 2010, o futebol holandês vive uma grave crise. Enquanto o governo do país pressiona os clubes a saldarem sua dívidas, as equipes perdem seus jogadores de destaque para ligas mais ricas.

Com o crescimento financeiro e de visibilidade, em muitas vezes irresponsáveis dos times na Espanha, na Inglaterra, as ligas desses países conseguem negociar valores muito alto de direitos de TV, tornando os clubes muito ricos e visíveis ao mundo. Enquanto isso, na Holanda, algo que acontece em parte na Alemanha os times são obrigados a gerenciar um orçamento limitado e a lidar com a perda de competitividade no cenário internacional.

Com a rigidez do governo da Holanda em relação às dívidas dos clubes de futebol, o Feyenoord, que tem uma dívida em torno de € 34 Milhões de Euros ( 100 milhões de reais), que se compararmos com grandes clubes do mundo como por exemplo os 700 milhões de euros (quase 2 bilhões de reais) que deve o Manchester United. O clube está sob fiscalização governamental da Federação Holandesa e, nos últimos anos, se viu obrigado a vender seus melhores jogadores para saldar as dívidas.

O resultado dessa fase é o péssimo desempenho dos tradicionais Feyenoord, Ajax e PSV Eindhoven na UCL e na UEL. A última vez que um clube holandês conquistou a Europa, foi em 95, com o Ajax, e há quatro anos nenhum time do país não avança às fases de mata-mata da competição. O Ajax, que foi campeão europeu em quatro ocasiões, voltou a UCL, a 3 anos atrás, depois de quatro anos de ausência.

Clube tradicional da cidade de Roterdã, o Feyenoord foi a primeira equipe da Holanda a conquistar a Copa da Europa, atual Liga dos Campeões da Uefa, em 1970, abrindo caminho para a ascensão do futebol holandês naquela década. Só que essa época de glórias ficou para o passado, a confirmação disso foi na temporada de 2010, quando o Feyenoord sofreu sua maior humilhação em mais de 100 anos de história, uma goleada de 10 x 0 para o PSV.

Após esse desastre, o clube da cidade de Roterdã precisou repensar todo o seu futebol, principalmente as categorias de base, motor do clube, para não entrar em processo de falência. Uma reformulação geral na tradicional academia de futebol do Feyenoord foi feita.

A academia de futebol do Feyenoord foi fundada oficialmente no verão de 2010, quando as academias do Feyenoord e Excelsior se juntaram. O aumento das taxas de transferência e o alto valor dos jovens jogadores têm sinalizado uma maior necessidade de Feyenoord e Excelsior apoiar ainda mais as categorias de base. Apesar de ser uma academia de ajuda mútua, o objetivo da Academia do Feyenoord continua em transformar jovens talentos em jogadores profissionais de futebol para a equipe principal.

A academia é composta por equipes de faixa etária variadas que vão de sub 8 é até o sub 19. Os jogadores mais jovens são observado em clubes amadores nas imediações de Rotterdam. A equipe Sub 12, os jogadores só têm sessões de treino durante a noite e são em grande parte tem apoio de treinadores o tempo todo. Quando os jogadores estão entrando no ensino médio eles começam a treinar de durante o dia. A parceria com o programa escolar holandês, permite que os jogadores que estão no programa de treinamento em tempo integral faz com que a escola se adapte a sua tabela de jogos e treinamentos, não deixando esse jovem largar os estudos.

Em maio de 2010, Feyenoord Academy venceu o prêmio Rinus Michels de melhor academia formadora de jovens na Holanda. As categorias de base também ganharam o prêmio por sua inovação dentro da academia, o sucesso das suas equipas nas ligas nacionais juniores e da grande quantidade de jogadores nas seleções de base da Holanda.

As consequências disso é que do elenco da última temporada, apenas 8 dos 23 jogadores do elenco profissional não são formados no clube.

A TEMPESTADE MILIONÁRIA QUE SE FOI.

A federação argentina de futebol proíbe a gestão dos clubes como empresas, e essa proibição se estende a questão administrativa por parte de dirigente, é expressamente proibido dirigentes remunerados ou profissionais. Apenas cargos de Manager, algo parecido ao que acontece na Europa, como o que Carlos Bianchi ocupa no Boca Juniors, ou Menotti no Independiente. Os clubes são associações populares e sem donos, portanto presidencialistas, é obrigatório eleições.

O River Plate se afundou no amadorismo. As categorias de base do River mantiveram o time agonizando na primeira divisão. Categorias essas que tem tradição de revelar grandes jogadores da história do futebol argentino como por exemplo, Crespo, Saviola, Aimar, Fillol, Alonso e etc. A crise econômica que explodiu em 2001, afundou a economia da Argentina e o futebol foi no mesmo barco.

Os salários que eram pagos em dólares, tiveram de ser convertidos para pesos após o fim do “uno-a-uno (taxa de equiparação do peso ao Dollar que a Argentina usava como taxa cambial) somando o êxodo de jogadores a crise se instalou definitivamente. 

Como o poder de compra do clube se reduziu e os desvios de receitas, além do profundo endividamento os times montados pelos Millonarios começaram a ser cada vez mais fracos. Ídolos já veteranos eram contratados como bombeiros a fim de solucionar os questionamentos por parte da torcida. Foram os casos de Ortega e Gallardo. 

No fatídico campeonato Clausura 2011 que rebaixou o clube de maneira inédita à segunda divisão, a única promessa de craque,era Erik Lamela de 19 anos.O caso mais emblemático foi o renascimento de Matías Almeyda. O jogador já havia se aposentado do futebol após várias lesões. E quatro anos após sua aposentadoria, disputou-se um campeonato de ex jogadores chamado Super 8. O torneio contava com os oito principais clubes do país e ex atletas de cada clube, representavam as cores das agremiações no torneio. O bom desempenho de Almeyda na competição de veteranos e o péssimo momento do River Plate, acarretaram num convite ao ex jogador para treinar com o time e possivelmente atuar pelo clube.

Daniel Passarella assume o comando do clube no final e 2009 e o cenário era o pior possível. Após amargar a última colocação em 2008, o clube passaria a brigar contra um rival cada vez mais forte, o rebaixamento. Pouco e muito se investiu contra o fantasma do rebaixamento. Algumas contratações, mudança no comando técnico, e com o passar do tempo a realidade parecia irreversível. A venda de Saviola para o Barcelona é até hoje uma das 25 mais caras da história.  Mas o modelo de gestão com sérias denúncias de corrupção de José Maria Aguilar fez com que não só esses mais de 35 milhões de euros desaparecessem, mas também outros tantos, como os 6,5 milhões de euros pagos pelo Olympiakos por Fernando Belluschi em 2008. 

O RENASCIMENTO NA TERRA DO RENASCIMENTO

A cidade de Florença, uma das mais importantes da história da humanidade por conta do renascimento, ocorrido nos séculos XV e XVI, local de grandes obras de artistas renomados como Da Vinci, Michelangelo e terra do grande Dante de Alighieri, autor da obra clássica, a divina comédia, vai dando lugar ao um novo "renascer", quase meio século depois desses acontecimentos. Hoje em dia, o filho mais ilustre da cidade, a tradicional Viola, apelido dado a Fiorentina, clube fundado em 1926, que teve seu pior revés no ano de 2002, quando o clube declarou falência e foi obrigada a mudar sua razão social de Associazione Calcio Fiorentina para Associazione Calcio Firenze Fiorentina SPA, tendo que recomeçar na Serie c2, algo semelhante a 4° divisão nacional.

Fortalecendo esse novo momento da Viola, a família Della Valle, atuais detentores de todas as ações do clube, fez um investimento bem pesado no clube, já que as finanças foram estabilizadas e nesse momento a Fiorentina é um dos poucos times italianos que podem se vangloriar de ter contas fechando tranquilamente. O clube resolveu colocar isso em prática no início da temporada 2012, quando numa tacada só, investiu fortemente no elenco com as contratações de jogadores como: o goleiro Emiliano Viviano, e um quarteto de armadores, Matías Fernández, Borja Valero, Alberto Aquilani, e David Pizarro. A mudança foi tão significativa que 17 dos 26 jogadores do elenco eram recém chegados, nove dos quais estão entre os onze titulares. Até o final da janela de transferência, apenas dois jogadores, Jovetić e Manuel Pasqual, remanescentes da Liga dos Campeões de 2009.

O efeito imediato a esse investimento todo foi a campanha, terminou na 4° posição, 2 pts a menos que o Milan. Se a Itália não houvesse perdida a 4° vaga na UCL, estaria disputando esse ano.  Foram 21 vitórias, 7 empates e 10 derrotas.

Essa semana está nas manchetes por ter feito, talvez, uma das grandes contratações de sua história, o atacante alemão, Mario Gomez, tirando ele do Bayern de Munique pelo valor de 20 milhões de euros (55 milhões de Reais). Na última temporada, vitoriosa do clube bávaro  o atacante da seleção alemã perdeu espaço por uma questão técnica e tática. Não que ele seja um jogador em baixa, apenas opção do Jupp Heynckes. Com a chegada de Pep Guardiola, as possibilidades de "super" Mario jogar era bem menor, já que Pep não costuma utilizar atacantes ao estilo do germânico. O próprio técnico catalão o aconselhou a ir para a Fiorentina, já que Vicenzo Montella é o técnico e deu ótimas referencias de trato para ele.

WebRep

Classificação geral

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Mais de 15 mil fãs estiveram ao Estádio Artemio Franchi para recepcionar o alemão, que assinou contrato até junho de 2017. Jogador que vai ser muito importante na tentativa da Viola a voltar a UCL. Jogador de 28 anos que ainda tem muita lenha pra queimar, dentro da área não demonstra grande técnica, mas é um grande fazedor de gols.

Números do alemão jogando pelo Bayern é algo de se encher os olhos, foram no total de 174 jogos (114 pela bundesliga), com a impressionante marca de 113 gols ( 89 gols pela bundesliga), 41 desses jogos, pela UCL com um total de 24 gols. No total de 373 jogos, somando clubes (Stuttgart, Bayern e seleção alemã) com 221 gols. O cara é do ramo ou não?

NOVOS ARES FUNDAMENTAIS

Parece que o clube que fica localizado no bairro de Arganzuela, que outrora tinha o estigma de um clube azarado, até pode ser que tenha um pouco ainda, vai provando novos ares. O outro clube de Madrid, que é uma ótima alternativa de torcida no território dominado pelo todo poderoso Real Madrid, vem colhendo o bons frutos de anos após anos de administrações bem sucedidas e apostas bem realizadas.



O que dizer do Atlético de Madrid diante do sucesso estrondoso de Falcão Garcia? Melhor ainda, o valor de compra dele na temporada 2011/12, quando ele foi destaque no título da UEL pelo Porto, num valor aproximado em 40 milhões de Euros algo parecido com 120 milhões de reais. Um investimento que gerou 3 taças ao clube, uma copa do Rei, uma UEL e uma supercopa da Espanha. Foram 90 jogos, por todas as competições e 70 gols no total, isso representa quase um gol por partida. Um jogador fundamental para as pretensões dos colchoneros e do Simeone.

Mas como tudo que faz sucesso no mundo do futebol costuma a chamar atenção de clubes mais fortes ou um novo modo de futebol que se espalha pelo mundo, os clubes comprados por milionários. Mônaco é um desses clubes que se dispôs a pagar o pedido do time de Madrid pelo colombiano. Os 60 milhões de euros, algo entorno de 168 milhões de reais cairiam nos cofres do clube espanhol e sem titubear aceitaram algo que é quase o dobro pago pelo Barcelona para tirar o jovem craque brasileiro Neymar do Santos. 



Quem pensou que a saída do craque da sul-americano seria um problema para o Atlético, se enganou. O clube que está muito atento ao mercado observou uma ótima oportunidade de negócio envolvendo o "renegado" David Villa no Barcelona. O clube da Catalunha que é muito conhecido pelas suas poderosas canteiras, mas tem o carimbo de não conseguir fazer grandes negócios. O atacante de 31 anos chegou ao Barça depois da ótima copa do mundo que fez, o time catalão chegou a um acordo com o Valência no total de 40 milhões de Euros. Pelo Barcelona, El Guaje fez 116 jogos e 48 gols e 117 assistências, média de 0,68% de idas a rede. Levando em consideração a grave lesão que ele teve na tíbia no mundial interclubes e ficou cerca de 8 meses sem jogar futebol.

Em baixa e não fazendo mais parte dos planos do Barça, o Villa foi arrematado pelo Atlético pelos "módicos" 5 milhões de euros, 14 milhões de reais, ou seja, valendo 8 vezes menos. Uma alternativa bem interessante para o lugar de Falcão, e principalmente barata por se tratar de um jogador campeão do mundo. Esse valor foi dividido em 2 milhões pra sua chegada e o restante, se caso ele emplacar o segundo ano no clube. E o Barça ainda ficou com 50% dos direitos do atleta para uma futura negociação. Negócio bem amarrado, diga-se de passagem.

Frases do Villa na apresentação para cerca de 20 mil colchoneros no Vicente Calderón:

"Saí de lá porque não jogava. Não tem nada a ver com Copa do Mundo. Amo este esporte e não estava jogando"

"Pelo que pude falar com Simeone (técnico do Atlético), a ideia é que eu jogue como um 9, na posição do Falcão Garcia. Porém, o treinador tem a liberdade de me escalar onde quiser"

O UIVO DO LOBO NA PRIMEIRA DIVISÃO

O Gimnasia La Plata conquistou sua volta a primeira divisão do futebol argentino pela quinta vez, depois de duas temporadas na nacional B. O Gimnasia, dirigido por Pedro Troglio, trouxe os lobos de volta ao cenário mais nobre da Argentina, juntos de Rosário Central e Olimpo de Bahia Blanca.

Com o retorno do Rosário e Gimnasia , o futebol argentino volta a ter dois clássicos históricos e de grande apelo nas cidades de Rosário e La Plata: Newell Old Boys x Rosário Central e Estudantes x Gimnasia. 

Club de Gimnasia y Esgrima de La Plata é um clube de futebol da província de La Plata que fica a 59 kmde Buenos Aires, podendo dizer que faz parte da grande capital federal. Fundado em 3 de junho de 1887 como Club de Gimnasia y Esgrima, é o clube mais antigo de todos os que estão inscritos na federação argentina de futebol.

Seu estádio, o Estádio Juan Carlos Zerillo, também conhecido como o Estádio do Bosque, está localizado no bairro Mondongo na cidade de La Plata e tem capacidade para 33 mil torcedores. O Gimnasia la Plata e Quilmes são as equipes mais antigas em adesão a Associação de Futebol Argentino (AFA), clubes foram fundados em 1887. 

No dia 30 de junho de 2011, os lobos caíram para a Nacional B depois de empatar contra o San Martin de San Juan 1-1 em La Plata.

Com Pedro Troglio de técnico, a equipe do Gimnasia fez uma festa em La Plata, com lágrimas e comemorações por toda a cidade. Em seu primeiro ciclo no "lobo", o ex-zagueiro da Argentina ficou com o título de segundo melhor técnico da temporada, pelo clube de  de La Plata, fez a melhor campanha da história do clube, ficando com o vice campeonato do Apertura de 2005 e quinto lugar no Clausura de 2006. Os números de Trolio, que está em sua segunda passagem pelo clube, o mesmo em que ele se aposentou em 2006, tem um total de 29 vitórias 19 empates e 13 derrotas.

A campanha do acesso contou com números bem interessantes, um total de 73 pts, 1 a menos que o campeão Rosário Central, com 21 vitórias, 10 empates e 7 derrotas, time que menos perdeu. O clube teve o melhor saldo de gols da competição, 28 gols. Ataque mais positivo da competição, 53 gols marcados e a segunda defesa menos vazada, 25 gols. Foi o time que mais conquistou pontos fora de casa, 40 pts, e o que mais fez gols na cancha adversária, 31 e o que menos sofreu também, apenas 10. Números de time que podia ser campeão, tranquilamente.

Os Lobos vão precisar de muita força pra se manter na competitiva primeira divisão argentina, contando com o fato que o clube começa em grande desvantagem por conta do promédio, índice de rebaixamento pelos três últimos anos de participação, como fazem 2 anos desde de a última participação, o time precisa somar um numero grande de vitórias no campeonato para permanecer sossegado.

FUTEBOL ARGENTINO ESTÁ MORRENDO PARTE 3

A crise que bateu forte no mundo após meados de 2008 fez muitas vítimas, tanto no poderoso continente europeu, quanto nas Américas, incluindo o gigante "Tio Sam". As economias mais frágeis sofreram em dobro e sofrem até hoje.

A Argentina está as margens de uma crise mais grave. Nos últimos anos, os preços das principais exportações argentinas (soja e carne) aumentaram significativamente. O Governo aproveitou o aumento do arrecadamento para expandir a despesa pública. Só que a crise econômica mundial reduziu o valor das exportações. As receitas diminuíram, as finanças públicas se descontrolaram e a Argentina não tem dinheiro para pagar as suas dívidas. A Presidente Cristina Kirchner encontrou uma "solução" para os problemas financeiros do país. Decidiu nacionalizar os fundos privados de pensões e integrar todos os pensionistas no sistema público.

O futebol não ficou alheio a essa crise, os cinco principais clubes do país estão em crise financeira, River Plate, Boca Juniors, Independiente, Racing Club e San Lorenzo somam uma dívida de 650 milhões de pesos, cerca de 270 milhões de reais. O River Plate é o clube em situação mais precária, devendo 215 milhões de pesos, mais de 90 milhões de reais. A maior parte dessa dívida deverá ser paga em até um ano. O clube também apresenta um déficit de quase 34 milhões de reais, um recorde no futebol argentino.

O Independiente não está muito atrás e é responsável por 22% do total da dívida. Assim como o River, quase a totalidade desse valor deverá ser quitada até o final do ano que vem. O Racing Club ocupa a terceira posição no ranking dos endividados argentinos, com um saldo negativo de 105 milhões de pesos, cerca de 45 milhões de reais. O Boca viu sua dívida diminuir de 134 para 98 milhões de pesos, graças à transferências de jogadores, e o San Lorenzo fecha o ano com 96 milhões de pesos de dívidas, cerca de 40 milhões de reais.

Esse afundamento em dividas já tem consequências graves, como o recente rebaixamento do River Plate, o quase rebaixamento do San Lorenzo, a falta de dinheiro obriga o Racing a usar um time muito jovem como solução caseira e o rebaixamento do Independiente, que vive um caos em todas as esferas.
O Independiente, com 144 milhões de pesos (75 milhões de reais) em dividas, dos quais 85 milhões venceram no fim de 2011. Depois, segue seu arquirrival Racing Club, que acumula um passivo de 105 milhões de pesos (56 milhões de reais) após registrar um déficit de quase 10 milhões de pesos (6 milhões de reais) no último exercício.

Segundo o balanço, o Boca Juniors baixou neste ano seu passivo de 134 para 97,6 milhões de pesos devido a um balanço positivo graças à transferência de jogadores, mas estes dados são rejeitados pela oposição, que garante que ainda precisam ser computados gastos de salários e derrotas em julgamentos trabalhistas.

Os balanços registraram ainda as rendas provenientes da estatização da transmissão das partidas de primeira divisão, pela qual Boca e River embolsaram 30 milhões (16 milhões de reais), respectivamente, e os outros três "grandes" levaram 23 milhões cada um.

Em uma atitude populista, o governo Kischner tento ajudar os clubes na briga para a saldar essas dívidas. O campeonato argentino era transmitido apenas para canais fechados, mas, a partir de 2009, após o torneio ser adiado em uma semana por causa das dívidas dos clubes, o governo comprou os direitos de transmissão por cerca de 155 milhões de pesos (quase 60 milhões de reais). Desta forma, todos os jogos passaram a ser exibidos no canal estatal.

OLÍMPIA A CAMINHO DO OLIMPO

Após 11 anos de ausência em uma final da competição mais importante da América o Decano está de volta, e para sua sétima final de competição, diga-se de passagem, uma final a cada 10 anos (1960 vice, 1979 campeão, 1989 vice, 1990 campeão, 1991 vice, 2002 campeão), o tradicionalíssimo club olímpia do Paraguai voltou a final desde a última em 2002, quando venceu o São Caetano.

A campanha do tri campeão da América foi marcada por salários atrasados, especialmente nos primeiros meses da competição. Em janeiro, jogadores negaram se concentrar em virtude das dívidas. A pré-temporada foi prejudicada: o treinador Ever Hugo Almeida esperava reunir o grupo no Yatch e Golf Club Paraguaio, mas a ausência de recursos vetou o projeto. O presidente Recante abandonou o barco no meio da competição, ou seja, um cenário bem caótico, quem poderia apostar no clube num cenário de terra arrasada como esse? E pra completar a má sorte do clube o lateral Sebastian Ariosa, foi diagnosticado com um câncer o que deixou o clima ainda mais pesado para o Decano.

O futebol paraguaio, exemplificado em sua seleção, não passam pelo melhor momento da história, os clubes paraguaios também estão sem representatividade nas competições sul americanas. Na Libertadores deste ano, o tradicional Cerro Porteño, fez uma campanha horrível. Foram cinco derrotas e um empate em seis jogos, sendo goleado por 5 a 1 pelo desconhecido Real Garcilaso, do Peru. Além disso, o Libertad, que vinha sendo o grande time paraguaio na competição, foi eliminado de forma patética. Após ser líder do Grupo 2, que tinha o Palmeiras, o clube do ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leóz, foi derrotado pelo próprio Alviverde e ainda tomou de 5 do Tigre no mítico defensores del chaco.

Ainda que com essas dificuldades, o Olímpia passou por rivais mais fortes. O time foi o vice líder do grupo que tinha o recém eliminado Newell's Old Boys. Nas 8° de final, eliminou o campeão brasileiro, Fluminense que tem um elenco em questão de valor, muito superior ao do Olímpia. A diferença entre os dois orçamentos era enorme: R$ 144 milhões do Flu, R$ 40 milhões do Olímpia.

Nessa edição da libertadores, o Olímpia tem números bem interessantes, foi o time que mais chutou a gol, 182 arremates, time mais faltoso, 202 faltas, sofreu apenas 11 gols. Foram 8 vitórias, 3 empates e 3 derrotas.

Olímpia possui 8 títulos internacionais em sua sala de troféu, dentre os quais 3 Libertadores e 1 Copa Intercontinental de clubes. É o único clube paraguaio a conseguir ganhar torneios oficiais da Conmebol, e além disso, um dos únicos clubes do mundo a ter ganho uma copa internacional sem jogá-la, já que em 1990 conquistou a Copa Libertadores e nesse mesmo ano obteve a Supercopa Sulamericana, sagrando-se automaticamente campeã da Recopa Sul-americana.

Quando o assunto é o futebol paraguaio, os brasileiros podem ter até um pouco de calafrios. O próprio Olímpia, em Copa Libertadores, consagrou-se por ser carrasco dos clubes do Brasil. Em sua primeira conquista continental, a equipe encarou o Guarani, que era o campeão brasileiro da época, no triangular final e eliminou o Bugre, vencendo por 2 a 1 em Assunção e empatando em Campinas. Já na sua segunda conquista, em 1990, caiu no grupo com Vasco, Grêmio e Cerro Porteño. Venceu ambos os brasileiros em casa, empatado com o Tricolor gaúcho em Porto Alegre e perdendo para gigante da colina no Rio de de Janeiro. Os vascaínos até avançaram para as fases finais, e os gaúchos seguraram a lanterninha do grupo.

Em 2002, foi quando o Olímpia mostrou que era realmente o carrasco do brasileiros. Primeiro, ainda na fase de grupos, complicou a vida do Flamengo. No Paraguai, vitória por 2 a 0 e, no Rio de Janeiro, empate sem gols. Naquela ocasião o Decano foi o líder do grupo e o Flamengo foi pateticamente eliminado na lanterna. Na fase final, que veio o ápice do Rei das Copas. O Olímpia eliminou o forte time do Grêmio nas semifinais chegando à final contra a surpresa do Brasil: o São Caetano. Na grande decisão, perdeu em Assunção por 1 a 0, mas deu o troco vencendo por 2 a 1 em São Paulo e faturando seu terceiro título continental, em pleno Pacaembu, nos pênaltis.

Depois a fama de carrasco continuou. No ano passado, foi o lanterna do Grupo 2, mas quis complicar o Flamengo outra vez. Primeiro, estava perdendo por 3 a 0 no Engenhão e buscou o empate. Em seguida, venceu por 3 a 2 em Assunção. Custou caro ao Rubro-Negro que acabou não avançando à fase de oitavas de final.

Outra figura fundamental para o equilíbrio e força de time é o mítico técnico uruguaio naturalizado paraguaio Ever Hugo Almeida, ex goleiro do clube campeão em 79 e 90 da libertadores com o clube, só trabalhou no Paraguai. Ele conseguiu implantar uma forma de trabalho, apesar de todas as dificuldades já sitadas, o que tornou um time extremamente duro de ser vencido em Assunção e fora sempre dá muito trabalho. O Olímpia joga num esquema bem organizado, num 3-4-3, com alas que aparecem muito como alternativa de ataque. Grande destaque do time é o perigoso atacante Barreiro. Média de idade do time é de 25 anos, time que é bem alto em quase todos os setores, 1,80 é a média de altura.



"O Olímpia tem muitos culhões. Já não interessa a altitude que nos complicou durante o jogo. Não se negocia com a garra e a atitude. Deixamos tudo no campo. Se sofreu muito com o gol deles (Santa Fé), foi extraordinária a atuação de Martín Silva (goleiro). Entramos pela janela no torneio, ninguém confiava em nós e estamos na final".






















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FALTA DINHEIRO, MAS SOBRA EFICIÊNCIA

O futebol espanhol tem uma peculiaridade que o faz diferente de todas as outras ligas no mundo. Na questão técnica, nunca houve um momento tão favorável e importante na história do futebol. A seleção espanhola contrasta com o que de fato ocorre com sua principal liga. Enquanto Real Madrid e Barcelona recebem cerca de 56% dos investimentos do país, os outro clubes ficam a espera das migalhas dos gigantes.

O Real Madrid aumentou seu faturamento em 7% com relação à temporada 2010/11, atingindo 514 milhões de Euros. Já em 2011/12, o Barcelona aumentou em 4,5% suas receitas e chegou a 494 milhões Euros. No comparativo o Real Madrid arrecada 3,85% a mais que o Barcelona, o que significa 19,1 milhões Euros de diferença.

Quanto aos lucros, o Barcelona apresentou o dobro do resultado de seu maior rival. Foram 48,8 milhões de Euros dos Catalães contra 24,2 milhões Euros dos merengues.

Com relação às dívidas, o Barça precisa percorrer um longo caminho até chegar ao patamar do clube da capital. O Real reduziu sua dívida 26,6% para 124,7 milhões de Euros, enquanto o Barcelona só conseguiu diminuir seu saldo devedor em 9,1%, atingindo 334 milhões Euros de passivo.

O Espanyol club de Barcelona passou dos sete meses de uma situação de crise quase que irreversível para financeiro controlado. Apesar de continuar com uma dívida muito alta, algo em torno de 147 milhões de Euros ou 400 milhões de reais, o clube definiu uma meta, nos próximos cinco anos reduzir para 50 ou 60 milhões. Além disso, o clube definiu o grande objetivo de chegar a essa saúde financeira boa sem vender jogadores até a temporada de 2015-2016, tentando manter-se competitivo.

Controlar os gastos, aumentar a receita e reduzir a dívida, são os três pilares sobre os quais o vice-presidente financeiro José Luis Morlanes com base em critérios econômicos vão reger o Espanyol nos próximos cinco anos. Entre outras medidas, o clube irá reduzir os custos salariais de todo o futebol em cerca de quatro milhões. Morlanes disse que desde que o novo Conselho entrou no clube em novembro passado, o clube tem pagado um total de dívidas de 63,3 milhões e nesse momento a situação financeira está controlada.

Espanyol terá na temporada 2013/14 um orçamento de 50 milhões de euros. Recurso esse que será usado para manter o equilíbrio nas contas, como salários em dia e etc. É, sem dúvida, a maior orçamento dos médios clubes das últimas temporadas. "Nós estamos entre os dez primeiros no orçamento de La Liga", disse o vice-presidente.No campo esportivo, Morlanes observou uma grande queda nos gastos da equipe com equipe técnica. Os contratos de Pochettino e seus auxiliares foram superiores aos de Aguirre e a sua.

De acordo com o que o presidente Joan Collet disse na época, Verdú saiu mas o clube poderia cobrir as exigências dele. Aliás, a diretoria tinha um jogador para substituí-lo. "Se precisarmos de um jogador importante para a próxima temporada, teremos recursos", disse ele.

O departamento financeiro fez uma previsão para o clube para as as duas próximas temporadas que é atingir EBITDA (lucro antes de impostos e amortizações), de acordo com dados fornecidos pelo Morlanes de 20.750.000 €, sem a transferência de jogadores. Este número poderia aumentar em 2016-2017, o que seria cerca de 23 milhões.

De qualquer forma, no próximo ano, o Espanyol teria a necessidade de se desfazer de parte de seu elenco, no valor estimado de quatro milhões. Até este momento Morlanes ressaltou que o clube deve fazer sacrifícios. "Só pensar em eliminar as dividas sem fazer investimentos, o Espanyol ameaça a sua sobrevivência"disse o vice-presidente. As medidas, entre outras, são a redução da folha salarial em todo o clube para quatro milhões.

NO FUNDO DO POÇO (FUTEBOL ESPANHOL E A CRISE)

O Deportivo La Coruña corre o risco de fechar as portas. O clube que vem sofrendo com uma grave crise financeira, entrou com o pedido de concordata na Justiça em andamento. Assim, o tradicional time da galícia que já contou com os brasileiros Bebeto, Mauro Silva e Rivaldo pode ter de mudar de nome e recomeçar na quarta divisão nacional, algo parecido ao que aconteceu ao tradicional clube escocês o Rangers, que hoje está na 3° divisão local.. Muitos são os problemas que podem ser enumerados apara essa situação, uma delas talvez seja a enorme continuidade do atual presidente do clube, Augusto Lendoiro, que está lá há 25 anos.

" Isto me deixa triste e envergonhado, mas não havia outra opção. Este é um novo cenário, mas eu me vejo com força para continuar. O clube é viável. Espero continuar aqui."  declarou o presidente do clube.


No total, o clube tem uma dívida que está em torno de 99 milhões de Euros (cerca de R$ 268 milhões) – a maior parte dela é com o governo e bancos. Em novembro passado, a Justiça confiscou as receitas de TV por conta de impostos atrasados. Diante disso, a diretoria entrou com o pedido de concordata, que protege a entidade da falência total e faz com que os credores tentem negociar o pagamento do débito. 

Campeão espanhol na temporada 1999/2000, o Deportivo voltou à primeira divisão na temporada passada, depois de nadar de braçadas na Liga Adelante, parecia que o clube faria uma volta tranquila, mas não foi o que aconteceu, o time foi rebaixado novamente a 2° divisão, terminando a competição em penúltimo lugar. O que agravou ainda mais a situação financeira do clube, longe da 1° divisão, a receita cai. O clube é o oitavo da elite a pedir concordata.

A situação financeira expõe a decadência de um clube que até há pouco tempo disputava títulos. O La Coruña foi um dos três times da Espanha a furar o controle total do Barça e Real Madrid entre os vencedores da Liga Espanhola nos últimos 20 anos (os outros foram Atlético de Madrid e Valencia). O título dos galegos veio na temporada 1999/2000. O clube não conseguiu patrocinadores para bancar o time, realidade que também ameaça outros clubes.

Por anos os clubes conseguiram se manter graças a empréstimos de bancos, patrocínios de empresas e até a ajuda do Estado. Mas com 25% de desemprego no país e uma recessão na economia, a Espanha ainda não vê uma luz no final do túnel para sua crise. O resultado é que o apoio financeiro aos clubes desabou e todo o modelo econômico foi colocado em questão.

A Federação Espanhola foi obrigada a criar um fundo de resgate para ajudar clubes a pagar salários atrasados de jogadores, já que muitos sequer podem pegar empréstimos nos bancos locais por estarem com seus nomes "sujos". Segundo a própria federação, o buraco nas contas dos clubes já chega a 3,5 bilhões (R$ 9,4 bilhões).

"Nos vimos obrigados devido aos embargos de todos os ingressos na Agência Tributária. Tentamos chegar a um acordo, mas não foi possível. Não é um problema de vergonha, já que tentamos por todos os meios para que se chegasse a um acordo. E sem acordo com a Fazenda, não podemos chegar a acordo com os demais credores", afirmou o presidente do conselho administrativo,  Augusto Lendoiro.

Para seguir em funcionamento, o clube terá administradores nomeados pela Justiça para analisar os estragos causados pelas dívidas, algo parecido que aconteceu com o Portsmouth, clube que hoje amarga a 4° divisão inglesa, que teve os mesmos problemas. Entre os credores, aparecem jogadores como o paraguaio Roberto Acuña e o espanhol Alberto Lopo, além de Albert Luque, um dos grandes jogadores da Fúria no início do século.
O credor mais prejudicado pela situação financeira do Deportivo é o Fisco espanhol, enquanto Acuña cobra 1 milhão de euros, Lopo, 220 mil euros, e Luque, 2,1 milhões. 

O HELLAS VOLTOU!

Com o rebaixamento do Palermo, a Serie A perdeu um dos grandes dérbis do sul da Itália, o Dérbi da Sicília. Mas no Norte, a cidade de Verona foi presenteada com o retorno do clube mais antigo da cidade de Verona, o Hellas Verona, depois de uma década de espera desde o seu rebaixamento na desastrosa temporada 2001-02. Última vez que tivemos esse confronto na primeira divisão.

Os dois rivais de Verona estiveram em direções opostas, enquanto o Hellas Verona tiveram que vagar na ultima década inteira nos porões do futebol italiano, o que começou com um doloroso rebaixamento à segunda divisão na temporada 2001/02 a humilhação foi ainda maior quando eles tiveram que amargar a Serie C, terceira divisão. Foram quatro anos de sofrimento antes de ganhar o acesso a segunda divisão, e depois teve que digerir uma derrota nos play-offs das semi-finais para o Varese em sua temporada de retorno à Serie B. Desta vez, o Hellas Verona conseguiu não perder o rumo e garantiu a última vaga para o acesso a Série A na temporada seguinte. Enquanto isso, o Chievo se esbaldava na Serie A desde de 2007/2008, chegando em 2011 contra o Brescia o clube chegou a centésima vitória na série A.



Os Gialloblus, tiveram que se virar e se dedicar a esse acesso por conta da infeliz morte acidental do então presidente em exercício Pietro Arvedi, ao qual se mantinha sempre muito confiante no acesso. Razão pela qual essa subida de divisão foi tão comemorada e a oportunidade de jogar novamente a 1° divisão da Itália seria feita em homenagem a esse homem. A primeira meta dessa volta não poderia ser outra, ganhar do seu grande rival, Chievo, que se gabava de ser o único time da cidade na primeira divisão. A espera do retorno do Derby della Scala era enorme na cidade. Uma coisa que o retorno do Hellas trará de negativo será o aumento no número de casos de vandalismo e violência. Esse confronto que só aconteceu uma vez na história na primeira divisão italiana, foi justamento no ano do rebaixamento do Hellas, 2 jogos e 1 vitória pra cada, sempre é marcado por confrontos ásperos. As cenas maravilhosas, no final da partida contra o Empoli mostrou o quão significativo foi essa promoção diante de 25 mil pessoas presentes no Stadio Bentigodi. 




O Hellas Verona é um dos times mais tradicionais do futebol italiano; esse clube conseguiu seu último scudetto na temporada 84/85, esse time era um misto de jogadores jovens e mais experientes. Aquele ano, o Hellas Verona terminou o ano com um recorde de 15 Vitórias,13 Empates e 2 Derrotas e 43 pontos, quatro pontos à frente do Torino, Inter e Sampdoria.

O Hellas Verona espera repetir os feitos de Atalanta, Torino e Sampdoria que alcançaram o retorno à Série A recentemente e permaneceram de forma tranquila, sem maiores sustos a luta contra o rebaixamento. Para isso, o clube espera contratar jogadores experientes e unir com alguns bons valores que já se encontram no elenco, como por exemplo, o ex-Fiorentina e Lecce, atacante Daniele Cacia contrato firmado com o Verona no início da temporada passada e acabou como o artilheiro da série B, com 24 gols. Aos 29 anos, ele não está no auge de sua carreira, portanto, Verona pode depositar sobre esperanças de muitos gols, já que não haverá grande concorrência pelo seu futebol. Seu parceiro, o argentino no ataque Juanito Gomez também deve ficar para a série A.




O meio-campo também está em ótima fase, os bons Emil Hallfredsson, Raphael Martinho e Armin Bacinovic que terminaram muito bem a temporada da série B, devem ficar no clube. A Química do time deve se manter, o que restará é se adaptar às exigências dos grandes jogos, o mais rapidamente possível. Para um clube provincial, o Hellas Verona anda bem estável, ​​como a manutenção do técnico Andrea Mandorlini que está no clube a três anos. Verona venceu a Serie A uma vez em sua história, na temporada 1984-85. Diga-se de passagem, Serie A daquela época contava com jogadores como Michel Platini, Diego Maradona e Alessandro Altobelli.

O clube já começa a colher os frutos desses novos tempos, firmou pra próxima temporada um contrato com uma nova fornecedora de material esportivo, troca a Asics pela Nike, o que deve render um bom dinheiro aos cofres do clube, sem falar na verba que será destinada ao clube pelo aparecimento na serie A.