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quinta-feira, 18 de julho de 2013

A TEMPESTADE MILIONÁRIA QUE SE FOI.

A federação argentina de futebol proíbe a gestão dos clubes como empresas, e essa proibição se estende a questão administrativa por parte de dirigente, é expressamente proibido dirigentes remunerados ou profissionais. Apenas cargos de Manager, algo parecido ao que acontece na Europa, como o que Carlos Bianchi ocupa no Boca Juniors, ou Menotti no Independiente. Os clubes são associações populares e sem donos, portanto presidencialistas, é obrigatório eleições.
O River Plate se afundou no amadorismo. As categorias de base do River mantiveram o time agonizando na primeira divisão. Categorias essas que tem tradição de revelar grandes jogadores da história do futebol argentino como por exemplo, Crespo, Saviola, Aimar, Fillol, Alonso e etc. A crise econômica que explodiu em 2001, afundou a economia da Argentina e o futebol foi no mesmo barco.
Os salários que eram pagos em dólares, tiveram de ser convertidos para pesos após o fim do “uno-a-uno (taxa de equiparação do peso ao Dollar que a Argentina usava como taxa cambial) somando o êxodo de jogadores a crise se instalou definitivamente. 

Como o poder de compra do clube se reduziu e os desvios de receitas, além do profundo endividamento os times montados pelos Millonarios começaram a ser cada vez mais fracos. Ídolos já veteranos eram contratados como bombeiros a fim de solucionar os questionamentos por parte da torcida. Foram os casos de Ortega e Gallardo. 


No fatídico campeonato Clausura 2011 que rebaixou o clube de maneira inédita à segunda divisão, a única promessa de craque,era Erik Lamela de 19 anos.O caso mais emblemático foi o renascimento de Matías Almeyda. O jogador já havia se aposentado do futebol após várias lesões. E quatro anos após sua aposentadoria, disputou-se um campeonato de ex jogadores chamado Super 8. O torneio contava com os oito principais clubes do país e ex atletas de cada clube, representavam as cores das agremiações no torneio. O bom desempenho de Almeyda na competição de veteranos e o péssimo momento do River Plate, acarretaram num convite ao ex jogador para treinar com o time e possivelmente atuar pelo clube.
Daniel Passarella assume o comando do clube no final e 2009 e o cenário era o pior possível. Após amargar a última colocação em 2008, o clube passaria a brigar contra um rival cada vez mais forte, o rebaixamento. Pouco e muito se investiu contra o fantasma do rebaixamento. Algumas contratações, mudança no comando técnico, e com o passar do tempo a realidade parecia irreversível. A venda de Saviola para o Barcelona é até hoje uma das 25 mais caras da história.  Mas o modelo de gestão com sérias denúncias de corrupção de José Maria Aguilar fez com que não só esses mais de 35 milhões de euros desaparecessem, mas também outros tantos, como os 6,5 milhões de euros pagos pelo Olympiakos por Fernando Belluschi em 2008. 

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