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sexta-feira, 29 de março de 2013

A VOLTA?


Umas das grandes seleções de futebol do mundo parece estar voltando ao seus bons momentos, a Hungria, apontado por muitos como a grande seleção das copas, ao lado do Brasil de 70 e 82, Holanda de 74, Uruguai de 30, aquela Hungria da copa de 1954, na Suíça, permeia muito ainda a cabeça dos contemporâneos aquela equipe liderada por Kocsis, Czibor, Hidegkuti, e talvez um dos maiores jogadores da história do futebol, o incrível, Ferenc Puskas.

Aquela mágica seleção de 54 venceu as olimpíadas de 1952 em Helsink, e partiu para a copa, dois anos depois, com uma série invicta e incrível, que só viria a perder na histórica "batalha de Berna", título da final da copa de 54, quando a Hungria perdeu a copa para a então Alemanha Ocidental, adversário esse que havia sido massacrado na fase anterior um impiedoso 8 x 3. E carrega a marca de ter infringido a primeira derrota da seleção inglesa.



Depois dessa geração brilhante, a Hungria nunca mais seria capaz de montar uma grande seleção, começariam anos difíceis, não só para a seleção mas para o país em si, quando a Hungria foi anexada a "cortina de ferro", nome dado a área de influencia da antiga URSS. Seus principais jogadores foram exilados por não concordarem com o regime Stalinista. Puskas imigrou para a Espanha, e no Real se tornou um dos maiores jogadores da equipe.

Após esse período dourado do futebol, a Hungria começou a viver de brilharecos sem grande valor, viria a conquistar as medalhas de prata e bronze em 72 e 60, respectivamente. Participou duas vezes apenas de edições de Eurocopa, em 64(3°) e 72(4°). Disputou 7 copas do mundo, os vice campeonatos de 38 e 54 são os melhores resultados. Enfim, trata-se de um país muito tradicional no esporte.

Os anos 70 e início dos 80 foram os anos mais difíceis, a URSS, já não vinha bem economicamente, o que tinha uma grande influencia nessas economias que eram satélite do gigante vermelho, o futebol e tudo que envolvia foi se tornando algo supérfluo, enquanto tinha-se uma enorme massa de desempregados, o governo não podia investir no futebol. Por isso a Hungria passou por momentos bem escuros nesse período e por todos os anos 90 e 2000, quando se quer disputava algo.



De uns anos para cá, o futebol húngaro tem sofrido uma grande transformação de mentalidade, o seu campeonato interno tem se fortalecido coma chegada de investimentos da iniciativa privada, algo impensável nos anos da "cortina de ferro", tem atraído bons públicos, o trabalho de base começou a ser feito com grande intensidade e a priorização por um estilo de jogo fazem com que essa atual geração húngara traga de volta o sentimento de que podem voltar a jogar uma copa do mundo, desde de 1986, no México, que não disputam.

Principais Times:

Ferencváros  (28 títulos)

Budapest Honvéd (13 títulos)

MTK (23 títulos)

Vasas (6 títulos)

Újpest (20 títulos)

Debreceni VSC (5 títulos)

Dos 23 jogadores do elenco selecionável, a grande maioria joga na liga húngara, abaixo uma lista desses jogadores, outros jogam em diversas ligas pelo planeta. Gera (WBA) e Hajnal (Stuttgart) são os destaques dessa seleção que tem média de 25 anos, há uma renovação muito importante acontecendo dentro do país. Isso tudo se reflete no desempenho da seleção nas eliminatórias para a copa de 2014.

Zoltán Lipták (28) Győri ETO, Tamás Kádár (23) Diósgyőri VTK, Norbert Mészáros (32) Debreceni VSC, Richárd Guzmics (25) Szombathelyi Haladás, Péter Halmosi (33) Szombathelyi Haladás, Ákos Elek (24) Diósgyőri, Ádám Gyurcsó (22) Videoton, Péter Szakály (26) Debreceni VSC, Máté Pátkai (25) Győri ETO, István Kovács (21) Videoton FC, Gergely Rudolf (28) Diósgyőri VTK e Dániel Böde (26) Ferencvárosi

Números da Hungria:

6 Jogos, 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
 
A líder do Grupo D, Holanda é imbatível. Mas ao lado da laranja mecânica é o time que mais venceu, menos perdeu e é o segundo melhor ataque do grupo, 13 gols.

Próximo jogo será diante da Romênia fora de casa, confronto direto pela vaga na repescagem europeia.

Grupo D

EquipasJ  V  E  D  GM  GS  DG  Pts
1Holanda Holanda6  6  0  0  20  2  18  18
2Hungria Hungria6  3  2  1  13  8  5  11
3Roménia Roménia6  3  1  2  10  10  0  10
4Turquia Turquia6  2  1  3  7  7  0  7
5Estónia Estónia6  2  0  4  3  9  -6  6
6Andorra Andorra6  0  0  6  0  17  -17  0

quinta-feira, 14 de março de 2013

A SOMBRA DE UM GRANDE


Aquilo que era previsto quando saiu o sorteio das oitavas da UCL, se cumpriu. Apesar do grande jogo que fez na segunda perna do confronto, estando perto de uma classificação heróica. O Arsenal de hoje é nada mais que uma grande sombra do gigante que já foi, e mais recentemente era o time que desafiava o poderoso Manchester United - Lembrando que o Arsenal é o time que detém a marca de ser o único campeão invicto da PL e é o único com essa marca na nossa era.

Se for pra fazer um contra ponto com o adversário, Bayern, seria uma grande covardia com o torcedor gunner, o time alemão está num momento único, praticamente campeão da bundesliga, a copa alemã virá facilmente, e é um dos grandes favoritos ao título da UCL e Guardiola vem ai. Já o time inglês se desacostumou de ser grande. A muitos anos que o Arsenal vem perdendo espaço na tabela. Em um passado não tão distante vinha disputando os títulos, aos poucos começou a se contentar com uma vaga na UCL e agora, até seu rival de cidade já o ameaça nessa caminhada. Perdeu muito espaço com o aparecimento de Chelsea e Man. City (investimentos altos) e não se aproveitou da decadência do Liverpool para se tornar o segundo grande time do país. Desde de a derrota para o Barça na final da UCL em 2006, o Arsenal parece ter caído numa profunda depressão.

Essa eliminação para o Bayern tem muitos aspectos que precisam ser levados em consideração: Ou o time Gunner muda radicalmente de filosofia, e isso passa pelo seu comandante Wenger, ou está fadado a se tornar um Aston Villa ou Everton na Inglaterra.



Questionar Wenger não é tão herético quanto questionar Ferguson no United, a politica do Frances parece já ter caído em desgraça com a torcida, não é toda hora que conseguirá um time como aquele de 2004, um dos melhores times de futebol que vi jogar, diga-se de passagem. Ao longo dos anos o Arsenal vem perdendo seus principais jogadores, mais recentemente, Fábregas, Nasri, Clichy, Song e o último um dos melhores atacantes da atualidade, Van Persie e etc, a ponto de hoje no elenco não ter "um" principal jogador. Time que já teve Henry, Robert Pires, Bergkamp e cia, hoje o torcedor do Arsenal precisa se convencer de que Cazorla e Arteta são jogadores do nível do clube londrino; Ou Wenger muda radicalmente as contratações de Gervinhos e etc, ou ninguém vai aguentar mais um ano que seja na fila de títulos, isso passa em aumentar o nível de contrações, jogadores de primeiro escalão precisam ser convencidos de que o Arsenal é um time vitorioso e quer ser campeão.

Leia essa declaração de Fábregas ao sair do Arsenal e pense se ele não está falando uma grande verdade:

- Se você fosse à Espanha e dissesse a Guardiola, Mourinho ou Unai Emery (técnico do Valência) que eles passariam três anos sem ganhar um trofeu, é obvio que eles não continuariam. Aqui, é diferente. O técnico é inteligente, e o clube valoriza coisas diferentes: que o time esteja sempre na Liga dos Campeões, que você dispute até o fim, que tenha jogadores jovens, estabilidade econômica. Para a direção do clube, isso é importante. Mas imagino que vai chegar um momento em que você tenha de decidir: você quer ganhar títulos ou não? - Fábregas
Números de Wenger a frente do Arsenal, técnico francês está desde de 1996:

878 jogos - 501 vitórias - 211 empates e 166 derrotas, um aproveitamento de 69%

3 títulos ingleses - 4 copas da Inglaterra



quarta-feira, 6 de março de 2013

SÓ PARA CONSUMO INTERNO?


Logo após a derrota do United em casa para o Real Madrid pelas oitavas de final, desclassficação nessa fase que não vinha desde de 2005, faz pensar em alguns pontos que acho relevante. Um time que sobra na poderosa premier league, os números do time nessa temporada são espantosos, dos 16 últimos jogos na competição doméstica, venceu 14 jogos e empatou dois, não perdia em Old Trafford a um enorme tempo. Só perdeu 3 jogos na competição, parece que só um desastre nuclear fará o 20° título escapar de Manchester.

Não só pela eliminação para o Poderoso Real Madrid, que na minha modéstia opinião, tem o segundo melhor time do mundo na atualidade, mas por alguns aspectos me fazem pensar que esse time do United é muito bom e suficiente para o campeonato inglês, já numa competição do porte UCL, o elenco talvez não seja o mais indicado. Óbvio que a camisa do Manchester é daquelas que "entorta varal", defesa do United já não dá mais conta de grandes desafios. Uma defesa formada, por exemplo, por Evra, Vidic e Ferdinand, já não é mais tão segura quanto em temporadas anteriores, o que mais deixa em estado de alerta, é a reposição para esses nomes, não há nenhum a altura dos citados acima. Giggs é um ícone, mas não pode mais ser uma "alternativa".

O grupo do United na UCL não representava grande risco. Questionar Ferguson deveria ser proibido a todo Red Devil vivo ou morto, mas não dá pra entender um Rooney no banco, a eliminação na fase de grupos da temporada passada parece que não trouxe ensinamento ao grande Fergie. Analisando apenas os números do jogo de ontem, dá pra perceber claramente o estágio dos dois times, Madrid terminou o jogo com 62% de posse de bola, jogando na Inglaterra, United foi incapaz de produzir uma grande risco ao time espanhol. A expulsão do Nani pode ter ajudado, mas ainda sim, o Real era um time muito frio e calculista. Fiquei com a sensação de que o United foi uma presa fácil para o Real.

Essa eliminação deve trazer algumas reflexões, Fergie vai continuar sua vitoriosa caminhada? Se sim, é necessário ir ao mercado e reforçar esse elenco, um time do tamanho do United, provavelmente o grande time da história do futebol inglês, não pode apenas se contentar em ser recordista de títulos ingleses, e não conseguir minimamente se igualar ao seu grande rival em numero de conquistas europeias.