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quarta-feira, 24 de julho de 2013

UMA LIGA MAIS CASEIRA

A abstinência de Serie A é tão grande que fui procurar alguns aspectos da temporada passada que ajudariam a matar as saudades e poderiam explicar em partes o domínio supremo da Juventus por toda a temporada. Numa analise um pouco mais especifica em cima dos 6 primeiros colocados, Juventus, Napoli, Milan, Fiorentina, Udinese e Roma e usei também a Inter de Milão, por questões óbvias, olhei para os planteis usados em toda temporada e observei o numero de jogadores da terra usados por cada time.

O time que mais venceu e menos perdeu e se sagrou bicampeão italiano, a Juventus de Turim, foi o time que mais usou italianos em seu elenco, 16, dos quais 7 foram titulares e se tornaram a base da seleção italiana que disputou a Eurocopa e a copa das confederações. O vice campeão da temporada, o Napoli contou com 14 italianos no elenco total dos quais, 6 eram titulares. O Milan, que fez uma campanha bem abaixo daquilo que se espera do segundo maior campeão italiano e europeu, o time milanês contou também com 14 italianos dos quais, 7 foram titulares.

O 4° colocado, A Fiorentina contava com 14 italianos, dos quais 5 foram titulares e a Udinese a 5° colocada conta com 10 italianos no elenco dos quais, 4 foram titulares. Já a Roma que ficou em 6° lugar, 25 pts atrás da Juventus e 10 de distancia da zona de UCL, contou apenas com 8 italianos, dos quais três são titulares, Destro, De Rossi e Totti. E a tradicional Internazionale que ficou com a medíocre 9° colocação contando com uma temporada bem difícil em todos os sentidos, tem apenas 3 jogadores italianos no elenco, dos quais um é titular, o zagueiro Ranocchia. 



Um detalhe relevante é que todos os times sitados a cima tinham como comandantes italianos, Conte (Juventus), Napoli (Mazzarri), Milan (Allegri), Fiorentina (Montella), Udinese (Guidollin), Roma (Andreazzoli) e Internazionale (Stramaccioni). Para atual temporada, apenas Roma, Napoli e Inter mexeram no seu comando técnico. A equipe da capital apostará no bom retrospecto do francês Rudi Garcia a frente do Lille na França. Já a equipe do sul da bota aposta no odiado, exceto pela torcida do Liverpool, Rafa Benitez, depois dos quatro anos de Mazzarri, que por sua vez, vai comandar a equipe do norte da Itália, a Inter, que precisa de fato de um rumo.

Todo esse levantamento feito quer dizer uma coisa, a Serie A, diferente da liga inglesa, que talvez seja a maior liga do mundo atualmente, ainda é muito "italiana". Os times mais bem colocados na competição tem em sua maioria jogadores italianos. O exemplo de fracasso mais redundante nessa temporada, a Internazionale deu mostras de que um time sem italianos é fadado ao fracasso. Apesar do domínio que exerceu no fim dos anos 2000, quando tinha poucos italianos no elenco.

E um último detalhe, é que a Itália passa por um processo de reformulação de suas categorias de base e investimentos altos em formação de novas valores italianos, para evitar exatamente o que acontece com a Inglaterra, que faz anos que não consegue revelar alguém e deixa a seleção muito frágil. O torneio de primavera é um ótimo exemplo disso.

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