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quinta-feira, 11 de julho de 2013

OLÍMPIA A CAMINHO DO OLIMPO


Após 11 anos de ausência em uma final da competição mais importante da América o Decano está de volta, e para sua sétima final de competição, diga-se de passagem, uma final a cada 10 anos (1960 vice, 1979 campeão, 1989 vice, 1990 campeão, 1991 vice, 2002 campeão), o tradicionalíssimo club olímpia do Paraguai voltou a final desde a última em 2002, quando venceu o São Caetano.

A campanha do tri campeão da América foi marcada por salários atrasados, especialmente nos primeiros meses da competição. Em janeiro, jogadores negaram se concentrar em virtude das dívidas. A pré-temporada foi prejudicada: o treinador Ever Hugo Almeida esperava reunir o grupo no Yatch e Golf Club Paraguaio, mas a ausência de recursos vetou o projeto. O presidente Recante abandonou o barco no meio da competição, ou seja, um cenário bem caótico, quem poderia apostar no clube num cenário de terra arrasada como esse? E pra completar a má sorte do clube o lateral Sebastian Ariosa, foi diagnosticado com um câncer o que deixou o clima ainda mais pesado para o Decano.


O futebol paraguaio, exemplificado em sua seleção, não passam pelo melhor momento da história, os clubes paraguaios também estão sem representatividade nas competições sul americanas. Na Libertadores deste ano, o tradicional Cerro Porteño, fez uma campanha horrível. Foram cinco derrotas e um empate em seis jogos, sendo goleado por 5 a 1 pelo desconhecido Real Garcilaso, do Peru. Além disso, o Libertad, que vinha sendo o grande time paraguaio na competição, foi eliminado de forma patética. Após ser líder do Grupo 2, que tinha o Palmeiras, o clube do ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leóz, foi derrotado pelo próprio Alviverde e ainda tomou de 5 do Tigre no mítico defensores del chaco.



Ainda que com essas dificuldades, o Olímpia passou por rivais mais fortes. O time foi o vice líder do grupo que tinha o recém eliminado Newell's Old Boys. Nas 8° de final, eliminou o campeão brasileiro, Fluminense que tem um elenco em questão de valor, muito superior ao do Olímpia. A diferença entre os dois orçamentos era enorme: R$ 144 milhões do Flu, R$ 40 milhões do Olímpia.

Nessa edição da libertadores, o Olímpia tem números bem interessantes, foi o time que mais chutou a gol, 182 arremates, time mais faltoso, 202 faltas, sofreu apenas 11 gols. Foram 8 vitórias, 3 empates e 3 derrotas.

Olímpia possui 8 títulos internacionais em sua sala de troféu, dentre os quais 3 Libertadores e 1 Copa Intercontinental de clubes. É o único clube paraguaio a conseguir ganhar torneios oficiais da Conmebol, e além disso, um dos únicos clubes do mundo a ter ganho uma copa internacional sem jogá-la, já que em 1990 conquistou a Copa Libertadores e nesse mesmo ano obteve a Supercopa Sulamericana, sagrando-se automaticamente campeã da Recopa Sul-americana.

Quando o assunto é o futebol paraguaio, os brasileiros podem ter até um pouco de calafrios. O próprio Olímpia, em Copa Libertadores, consagrou-se por ser carrasco dos clubes do Brasil. Em sua primeira conquista continental, a equipe encarou o Guarani, que era o campeão brasileiro da época, no triangular final e eliminou o Bugre, vencendo por 2 a 1 em Assunção e empatando em Campinas. Já na sua segunda conquista, em 1990, caiu no grupo com Vasco, Grêmio e Cerro Porteño. Venceu ambos os brasileiros em casa, empatado com o Tricolor gaúcho em Porto Alegre e perdendo para gigante da colina no Rio de de Janeiro. Os vascaínos até avançaram para as fases finais, e os gaúchos seguraram a lanterninha do grupo.




Em 2002, foi quando o Olímpia mostrou que era realmente o carrasco do brasileiros. Primeiro, ainda na fase de grupos, complicou a vida do Flamengo. No Paraguai, vitória por 2 a 0 e, no Rio de Janeiro, empate sem gols. Naquela ocasião o Decano foi o líder do grupo e o Flamengo foi pateticamente eliminado na lanterna. Na fase final, que veio o ápice do Rei das Copas. O Olímpia eliminou o forte time do Grêmio nas semifinais chegando à final contra a surpresa do Brasil: o São Caetano. Na grande decisão, perdeu em Assunção por 1 a 0, mas deu o troco vencendo por 2 a 1 em São Paulo e faturando seu terceiro título continental, em pleno Pacaembu, nos pênaltis.

Depois a fama de carrasco continuou. No ano passado, foi o lanterna do Grupo 2, mas quis complicar o Flamengo outra vez. Primeiro, estava perdendo por 3 a 0 no Engenhão e buscou o empate. Em seguida, venceu por 3 a 2 em Assunção. Custou caro ao Rubro-Negro que acabou não avançando à fase de oitavas de final.

Outra figura fundamental para o equilíbrio e força de time é o mítico técnico uruguaio naturalizado paraguaio Ever Hugo Almeida, ex goleiro do clube campeão em 79 e 90 da libertadores com o clube, só trabalhou no Paraguai. Ele conseguiu implantar uma forma de trabalho, apesar de todas as dificuldades já sitadas, o que tornou um time extremamente duro de ser vencido em Assunção e fora sempre dá muito trabalho. O Olímpia joga num esquema bem organizado, num 3-4-3, com alas que aparecem muito como alternativa de ataque. Grande destaque do time é o perigoso atacante Barreiro. Média de idade do time é de 25 anos, time que é bem alto em quase todos os setores, 1,80 é a média de altura.



"O Olímpia tem muitos culhões. Já não interessa a altitude que nos complicou durante o jogo. Não se negocia com a garra e a atitude. Deixamos tudo no campo. Se sofreu muito com o gol deles (Santa Fé), foi extraordinária a atuação de Martín Silva (goleiro). Entramos pela janela no torneio, ninguém confiava em nós e estamos na final".























Um comentário:

  1. Este si es un excelente comentario, libre de parcialidad, escribe lo que es realmente el OLIMPIA de hoy, un equipo guerrero que ira por su cuarta copa libertadores!! Fuerza OLIMPIA y gracias Emanuel Mourao por tan brillante escrito, parabens!!

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