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domingo, 9 de junho de 2013

O FUTEBOL ARGENTINO ESTÁ MORRENDO

A violência no futebol argentino vem alcançando cada vez mais, altos índices de adeptos, dentro e fora da cancha, o que é péssimo para a imagem de um dos países mais apaixonados e dedicados ao esporte. A situação é tão grave, que ano após ano a média de público se torna cada vez mais parecida com a dos campos de futebol no Brasil.

Violência é repetido em todos os fins de semana. Em todos as arquibancadas. Em todos os clubes. Em todos os tempos e em todos os lugares. A questão é se as autoridades podem resolver, ou se existem maneiras de acabar com a violência que assola os estádios de futebol da Argentina.

A decisão de restringir o acesso aos visitantes por cinco anos, provou ser um completo fracasso. As estatísticas atuais indicam que metade dos episódios de violência ocorrem entre diferentes facções do mesmo clube. A violência no futebol não é algo novo. Antes, os hinchas lutavam pela honra e defender as cores do clube. Hoje (com injeção de dinheiro e atenção da mídia) está mudando o cenário. Agora, não importa tanto as cores, o alvo são as vantagens e dinheiro. Pertencente ao grupo de choque tem privilégios: poder, dinheiro e fama. 


O tumulto reflete parcialmente uma sociedade argentina cada vez mais violenta, onde a criminalidade está aumentando. Grande parte da violência pode ser associada a hostilidades entre facções rivais das "barra bravas", a versão argentina de grupos de hooligans que usam os punhos, armas de fogo e facas, operando como pequenas máfias. Eles participam de negócios legais e ilegais, incluindo tráfico de drogas, muitas vezes com a cobertura e a cumplicidade da polícia, políticos e diretores dos clubes, de acordo com promotores e outros que estudam esse fenômeno.

Existem estudos a respeito desse tema que revelam que esses baderneiros estão ganhando mais espaço dentro do próprio clube do que os jogadores e etc. Isso evidencia o poder que esses pseudos torcedores estão adquirindo. Era comum a rápida venda de jogadores de todas as equipes, dificultando sua identificação devido ao curto período em cada clube. E o grande agravante dessa situação toda, é que sabe-se que jogadores e até mesmo dirigentes financiam esses caras em prol de algumas vantagens que podem adquirir com esse apoio que vem das arquibancadas.


Na Inglaterra, muitos hooligans eram homens da classe trabalhadora em busca de uma briga de fim de semana. Na Argentina, as barra bravas têm laços com políticos, com a polícia e com a administração do clube, e alguns de seus líderes ganharam a admiração de jovens torcedores. Os políticos se aproveitam deles como "força de choque" para forçar grupos que apoiam políticos rivais. Promotores acusaram as barras de matar sindicalistas.

O último caso foi no dia 08/06, quando Vélez e All Boys se enfrentavam em Liniers, campo do Vélez, o jogo foi suspenso aos 26 minutos de jogo, torcida do Allbo promoveu um quebra-quebra, que foi utilizada a força policia para tentar conter os ânimos.

Mas para o azar do futebol argentino, isso está se virando contra o próprio esporte, jogadores e dirigentes estão acuados e são ameaçados quando não se dobram as exigências dessas facções. Podemos dizer que criou-se um monstro que está se tornando incontrolável.

Se não houver uma política mais pesada em relação a essa questão, o futebol argentino está com seus dias contados.

3 comentários:

  1. Acho que deveriam cobrar valores altos nos ingressos, pois assim eliminaria muito dessa gente, com isso certamente a camada mais alta voltaria e ajudaria a contruir estádio com mais conforto voltado as famílias.

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  2. Com a atual política da presidenta? Duvido que isso aconteça.

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  3. Eles participam de negócios legais e ilegais, incluindo tráfico de drogas, muitas vezes com a cobertura e a cumplicidade da polícia, políticos e diretores dos clubes. resumindo, isso não irá acabar nunca, com toda essa ajuda nem aumentando ingressos, deveriam banir a Argentina do futebol.

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