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domingo, 26 de janeiro de 2014

LEMBRA DA INTERNAZIONALE?


O que será que passa pelo lado azul de Milão? Perderam o gosto pelo protagonismo? Ou é a velha máxima em prática, "quando falta dinheiro o amor vai embora"? O certo é que a Internazionale na Serie A é apenas uma participante ou coadjuvante de luxo. Será que a hegemonia da segunda metade dos anos 2000 saciou a fome de conquistas interistas?

As duas últimas participações na Serie A foram uma lástima, o clube se quer conseguiu chegar a uma competição europeia. Passa por um momento de transição política, e por consequência de diretrizes e provavelmente mentalidade. O indonésio, Erick Thoir, novo acionista majoritário do clube parece ter um apetite pela vitória que Moratti já havia perdido. O projeto inicial de Thoir é reconstruir o clube na totalidade. A primeira medida fundamental é a politica de gastos muito restrita, o clube não irá fazer loucuras pra montar um elenco. Ele acredita que a solidez como clube passa pela situação financeira controlada, e ainda lembra que sua proposta não é formar um novo PSG ou Manchester City.

Outra coisa que a Internazionale precisa trabalhar novamente é na revelação de jovens jogadores, coisa que o atual presidente pensa muito sobre o assunto. Muito provavelmente trazer jogadores talentosos jovens para se desenvolver na Inter, o vai dar possibilidade ao time de formar uma base ou a oportunidade de vendê-los por um preço mais alto à medida que o desenvolvimento seja alto, como por exemplo, Saphir Taider (21 anos), Ishak Belfodil (21) e Mauro Icardi (20) ; Um estilo americano de negócio, já que toda a formação de Thoir é nos EUA.

Outro aspecto da herança que Thohir quer deixar sólida é o respeito a opinião dos torcedores. Todas as suas ações desde de alcance a meios de comunicação a transações de atletas terão Interistas em mente, mas ele declarou sua crença de que o clube pertence aos torcedores e que ele é apenas um deles. Essa atitude vai trazer tranquilidade para os torcedores da Inter de todo o mundo.


O clube conta hoje com um elenco muito envelhecido, média de 29 anos, em seu elenco são apenas 4 italianos e 10 argentinos, o que traz um certo sentimento de um time mais estrangeiro que deveria. Ok, o clube conquistou a tríplice coroa em 2010, com nenhum italiano no time titular, mas o processo de "italianização" da Inter deveria ser encarada como algo fundamental para a identidade do clube. O Real Madrid na Espanha, sob o comando de Ancelloti já tem uma ideia de "espanholizar" o Madrid. Não sei se Mazzarri tem essa ideia. Fora que o clube já pensa em se desfazer de alguns jogadores considerados caros. Os remanescentes da era gloriosa já estão encerrando seu ciclo, se houvesse o projeto citado acima, seria importante para essa transição.

A inter acabou se tornando um clube de ocasião, ou "trampolim", para outros mercados. A economia italiana diz que é preciso ter cautela em suas ações, por isso defendo a formação de um time jovem, feito em casa e com a tradicional característica de time italiano em sua essência. Talvez seus grandes rivais dêem esse recado. Juventus tem 14 jogadores italianos e o Milan tem 21, muitos deles feitos em casa ou trazidos de outros times. Eu acho super importante ter jogadores no elenco que entendam a força de clubes como esse. E a Inter precisa muito disso.

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