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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

HÁ VIDA SEM INVESTIMENTO?


O tenebroso e poderoso inverno russo de 2011, além de trazer muita neve, trazia aos holofotes um time da pequena região rebelde, aos olhos dos russos, a república do Daguistão, que fica ao norte do problemático Cáucaso, que desde de o fim da outrora poderosa URSS, essas ex-repúblicas cobram seu direito de ser independente. Uma região de culturas diversas e heterogêneas e que hoje faz parte da federação russa, grande herdeira da antiga URSS. Guardada as devidas proporções, o Anzhi Makhachkala está pra essa região assim como Barcelona está para a Catalunha ou Athletic Bilbao para o País Basco. Um dos homens mais ricos do mundo segundo a revista Forbes, que é referencia em milionários pelo mundo, o bilionário russo, Suleiman Kerimov, resolveu investir alguns milhões de dólares nessa aventura no cáucaso.

Inicialmente o investimento previsto no clube eram os impressionantes 200 milhões de Euros (algo em torno de 520 milhões de reais) em estrutura para o clube, o sonho do russo era transforma o desconhecido Anzhi no "novo" Chelsea. Um estádio com os tais padrões da FIFA estavam nos projetos. Em três anos a frente desses investimentos, foram 69 milhões de dólares em gastos com nomes que passaram por Roberto Carlos a Eto´o. O russo nunca escondeu de ninguém que seu grande desejo era internacionalizar a marca do clube através da poderosa UCL. Algo que nunca ocorreu, sempre ficando com a UEL. Isso foi fazendo o mecenas russo, talvez, se dar conta de que um investimento alto estava lhe trazendo um grande prejuízo, já que nem perto do título, o clube do Daguistão passava perto.



No início dessa temporada Kerimov decidiu não mais investir mais tão pesado em nomes, mas sim em jogadores que podem se tornar o futuro do clube, principalmente em jovens da base russa. Exemplo disso foi o clube se desfazer de duas jóias que tinha no elenco, primeiro o vitorioso e consagrado atacante camaronês Samuel Eto´o e o jovem brasileiro William (custou ao clube russo 35 milhões de euros vindo do Shaktar) ambos para o Chelsea por um valor somado de 50 milhões de euros (83 milhões de reais). 

Essa recente política de diminuição de investimentos vem de encontro com o chamado Fair-Play financeiro adotado pela UEFA, que limita demais os investimentos desses mecenas bilionários. Muitos jogadores que chegaram já foram embora para os rivais dentro da Rússia, o mais beneficiado com tudo isso foi o Dynamo de Moscou, que trouxe 5 jogadores desse elenco; Zhirkov, Denisov, Kokorin, Samba, Gabulov e Ionov, podemos chamar isso de saldão. O futuro do clube vai passar pela evolução do futebol russo e dele próprio como clube que vai ter uma administração mais sustentável. Só o futuro dirá o que o grande representante da pequena república do Daguistão se tornará, assim como se essa ex-república vai se tornar a "nova" Ucrânia.

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