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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DOMINGO É DIA DE DÉRBI


Sempre que se cruzam Juventus e Internazionale alguma coisa interessante acontecerá. Considerado por muitos especialistas como o grande clássico da bota e em muitas situações, esse jogo é mais carregado de rivalidade que muitos que acontecem em confrontos de mesma cidade. Lembrando que o termo dérbi é usado em geral quando há confrontos entre clubes da mesma cidade, como por exemplo, dérbi della Madonina, Inter x Milan, dérbi della Molle, Juve x Torino e por ai vai. O jogo é tão pegado que o famoso cronista italiano, Gianni Brera adaptou o nome dérbi pra esse confronto. E se acirrou ainda mais, quando o escândalo do calcio poli rebaixou a Juventus e deu o Scudetto a Inter. Nesse domingo teremos mais um capitulo dessa história já centenária que será contada mais uma vez.

Os dois clubes vivem em situações bem opostas. Enquanto a Juventus nada de braçadas na Serie A a pelo menos 3 anos, a Inter sofre com uma entressafra de jogadores e uma falta de investimentos no clube após o ano perfeito de 2010, quando venceu todas as competições que disputou. Depois de 2009/10, quando venceu o seu último Scudetto, sua melhor campanha foi o vice campeonato do ano seguinte, 2011/12 terminou em 6º lugar, quando começou a série de títulos do rival, em 2012/13 terminou em 9º lugar, uma catástrofe, algo que o clube neriazzurrri queria apagar nessa temporada. A Inter passou por transformações, principalmente no fim do ano passado com sua venda para um investidor estrangeiro, que não está disposto a fazer loucuras para levar a Inter de volta ao cenário de conquistas. A Juve passa pelo oposto, é a atual bicampeã italiana, tem um dos elencos mais fortes da Europa e a cada ano que passa, mas se valorizam jogadores como Vidal, Pogba e etc. É um time muito mais sólido hoje com a presença de seu comandante que está a 3 anos no comando, enquanto a Inter, Mazzarri começa um novo trabalho.



O confronto de domingo reúne dois interesses que só a vitória interessa aos dois lados. No caso bianconero, a vitória afastaria o fantasma da Roma que ronda essa liderança que já foi de 8 pts, com o empate de sábado diante da Lazio e a vitória da Roma, a diferença caiu para 6. Em caso de uma suposta derrota para a Inter e uma possível vitória da Roma, que joga em casa contra o Parma, a diferença poderia cair para 3 pts, fora a questão emocional que poderia pesar em perder para o grande rival. Já no caso da Inter a briga é em outra frente, é a afastada zona de UCL, que hoje é apenas um sonho distante, já que o clube está a 11 pts da Fiorentina que é a 3º colocada nesse momento. A Inter não vence a 4 jogos, são duas derrotas e dois empates, o último empate foi contra o lanterna Catania em Milão. Já a Juve nos últimos 4 jogos, foram 3 vitórias e 1 empate, esse da última rodada interrompeu uma série de 12 jogos de vitórias seguidas.

Juventus é a líder da competição com 56 pts, 18 vitórias, 2 empates e 1 derrota. É o time que mais venceu, que menos empatou e junto da Roma é o que menos perdeu. A Inter está na 5º posição com 33 pts, 8 vitórias, 9 empates e 4 derrotas. Essa enorme quantidade de empates atrapalham a vida neriazzurri.

Números do confronto:

Foram 177 jogos na história
52 vitórias da Internazionale - 44 empates - 81 vitórias da Juventus

Jogando em Turim, palco do confronto de domingo, foram 88 jogos, 14 vitórias da Internazionale - 16 empates e 58 vitórias da Juventus.

Nessa temporada o jogo em Milão foi 1 x 1. O jogo da temporada passada no Juventus Arena, foi uma vitória de 3 x 1 da Inter, quebrando a invencibilidade da Juventus que tentava pelo 2° ano seguido o Scudetto invicto. Nos últimos 10 confrontos foram 5 vitórias da Juventus, 2 empates e 3 vitórias da Inter.

domingo, 26 de janeiro de 2014

LEMBRA DA INTERNAZIONALE?


O que será que passa pelo lado azul de Milão? Perderam o gosto pelo protagonismo? Ou é a velha máxima em prática, "quando falta dinheiro o amor vai embora"? O certo é que a Internazionale na Serie A é apenas uma participante ou coadjuvante de luxo. Será que a hegemonia da segunda metade dos anos 2000 saciou a fome de conquistas interistas?

As duas últimas participações na Serie A foram uma lástima, o clube se quer conseguiu chegar a uma competição europeia. Passa por um momento de transição política, e por consequência de diretrizes e provavelmente mentalidade. O indonésio, Erick Thoir, novo acionista majoritário do clube parece ter um apetite pela vitória que Moratti já havia perdido. O projeto inicial de Thoir é reconstruir o clube na totalidade. A primeira medida fundamental é a politica de gastos muito restrita, o clube não irá fazer loucuras pra montar um elenco. Ele acredita que a solidez como clube passa pela situação financeira controlada, e ainda lembra que sua proposta não é formar um novo PSG ou Manchester City.

Outra coisa que a Internazionale precisa trabalhar novamente é na revelação de jovens jogadores, coisa que o atual presidente pensa muito sobre o assunto. Muito provavelmente trazer jogadores talentosos jovens para se desenvolver na Inter, o vai dar possibilidade ao time de formar uma base ou a oportunidade de vendê-los por um preço mais alto à medida que o desenvolvimento seja alto, como por exemplo, Saphir Taider (21 anos), Ishak Belfodil (21) e Mauro Icardi (20) ; Um estilo americano de negócio, já que toda a formação de Thoir é nos EUA.

Outro aspecto da herança que Thohir quer deixar sólida é o respeito a opinião dos torcedores. Todas as suas ações desde de alcance a meios de comunicação a transações de atletas terão Interistas em mente, mas ele declarou sua crença de que o clube pertence aos torcedores e que ele é apenas um deles. Essa atitude vai trazer tranquilidade para os torcedores da Inter de todo o mundo.


O clube conta hoje com um elenco muito envelhecido, média de 29 anos, em seu elenco são apenas 4 italianos e 10 argentinos, o que traz um certo sentimento de um time mais estrangeiro que deveria. Ok, o clube conquistou a tríplice coroa em 2010, com nenhum italiano no time titular, mas o processo de "italianização" da Inter deveria ser encarada como algo fundamental para a identidade do clube. O Real Madrid na Espanha, sob o comando de Ancelloti já tem uma ideia de "espanholizar" o Madrid. Não sei se Mazzarri tem essa ideia. Fora que o clube já pensa em se desfazer de alguns jogadores considerados caros. Os remanescentes da era gloriosa já estão encerrando seu ciclo, se houvesse o projeto citado acima, seria importante para essa transição.

A inter acabou se tornando um clube de ocasião, ou "trampolim", para outros mercados. A economia italiana diz que é preciso ter cautela em suas ações, por isso defendo a formação de um time jovem, feito em casa e com a tradicional característica de time italiano em sua essência. Talvez seus grandes rivais dêem esse recado. Juventus tem 14 jogadores italianos e o Milan tem 21, muitos deles feitos em casa ou trazidos de outros times. Eu acho super importante ter jogadores no elenco que entendam a força de clubes como esse. E a Inter precisa muito disso.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

UM MILAN MENOS ALEGRE


Essa provável não ida do Milan a próxima UCL, vai ser boa pro clube, por incrível que pareça; Essa vaga sempre encobre o fracasso que é o clube institucionalmente. Há um caos na politica rossonera. Perderia a receita da UCL, mas daria chance de reformular seu departamento técnico e elenco de jogadores. Vendo a escalação, o time é muito pobre tecnicamente. Só tem o Ballotelli de craque, o resto é aposta em um Kaká, que não será mais o mesmo de 2007. Allegri, que chegou ao clube em junho de 2010, responde um pouco sobre esse caos técnico que o clube passa, mas será que só ele é culpado? Quando ele teve um bom time na mão, levou o clube ao scudetto que não vinha a algum tempo. O certo que o elenco atual, nem Pep ou Mourinho fariam algo diferente.

Até em questão de patrocínio, fica difícil adquirir boas cotas de patrocínio, com um time tão frágil. Por se tratar do 2º maior campeão italiano e 2º maior campeão europeu, essa situação ganha uma proporção ainda maior. Em 2009, foi assim, o clube não foi a UCL e conseguiu o scudetto, após uma reformulação. Há um notório choque de poder no comando do clube. A Bárbara Berlusconi, filha do dono do clube, quer assumir o comando geral e o Galliani, gerente de futebol, se sente desprestigiado. A tália em crise econômica e o Berlusconi cheio de inquéritos e de certo modo menos influente dentro do país do qual ele foi primeiro ministro, são uma combinação explosiva que mostra a fraqueza do Milan nos últimos 3 anos. Hoje o Milan é o 11º colocado, 22 pts. Está a 20 pts da zona de UCL e a 6 da zona de rebaixamento, ou seja, não irá a lugar nenhum. Tem aproveitamento menor que de Torino, Parma, Verona e Genoa, clubes com investimentos muito inferior ao dos rossoneros e fazem campanha mais interessante. 



E depois de uma derrota vexatória para o caçula da Serie A, Sassuolo por 4 x 3, o limite de tolerância com o técnico atual foi pro espaço, já na noite de ontem havia rumores da demissão do Allegri. Bárbara respondeu ontem a noite sobre o jogo: " A mudança é necessária e urgente, Isto é inaceitável". O certo que já havia uma confiança quebrada entre o comandante e seus comandados. Reforços, de certo modo interessante de Honda e Remi, poderiam dar uma sustentabilidade ao técnico. O certo que Tassoti será o interino, e na minha opinião, ficará até o fim da temporada. Vai recomeçar tudo na temporada que vem, lembrando que o Milan está nas 8º da UCL num confronto duríssimo diante do Atlético de Madrid, líder do campeonato espanhol.

Números de Allegri no comando rossonero:

178 Jogos - 91 vitórias - 49 empates - 39 derrotas - aproveitamento de 52%.

Seedorf vem ai?!


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

ONDE FICA A GRATIDÃO?


Quem era o Lewandowski antes do Borussia Dortmund? Um jovem jogador da segunda divisão polonesa que despontava como matador, jovem revelação da temporada 2006? Será que se ele tivesse aceitado a proposta do Blackburn (atualmente jogando a 2º divisão inglesa) ou do Genoa (briga pra não cair na Itália, nada além disso) ele seria um pseudo astro do futebol mundial? Qual é o sentido de gratidão?

Parece que gratidão não é algo que o polonês conheça. No episódio da transferência para o mais do que nunca poderoso Bayern ficou o sentimento de traição e ingratidão, na mesma medida em que seu ex-companheiro de Dortmund, Götze, saiu de forma ainda pior, as vésperas da final da UCL para o mesmo Bayern. Não quero entrar no mérito das ações do clube bávaro em relação a contratação de adversários, o Bayern é um clube poderoso, hegemônico, com uma estrutura fantástica e é óbvio que seja alvo de grandes jogadores trabalhar lá, minha intensão é questionar o fato de Lewandowski deixar o Dortmund de graça e jogar no grande rival, isso me soa como uma traição tremenda ao torcedor que o apoio desde de que ele ganhou a vaga de Lucas Barrios, ainda no período do 1° título alemão.



Sabe-se que o Real Madrid havia oferecido um contrato de 81 milhões de euros, entre luvas e salários e etc, o Bayern chegou a oferecer 30 milhões pelo atacante polonês. E o clube não aceitou a proposta, havia uma clara queda de braço. Lewa queria um contrato novo, com um enorme aumento de salário, Borussia não queria vender o jogador para o mercado alemão, preferia que ele fosse para o Real Madrid. O seu empresário chegou a dizer que a proposta do Madrid era "indecente", ficando claro qual era pretensão do atacante polonês, ir para Munique.

Significado da palavra gratidão: A gratidão é o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.

Lendo essa definição, não vejo como Lewandowski possa pedir em sua página no Facebook para que os torcedores o apoie. Isso foi uma enorme facada nas costas do apaixonado torcedor prussiano. O atacante polonês firmou 5 anos de contrato com o poderoso Bayern, que começa a valer a partir de Junho de 2014. Como será a recepção dele quando o Bayern for a Dortmund? O certo que mais um que vai sair pelas portas do fundo, ao invés de ter deixado carinho e admiração, deixa o sentimento de ódio e revolta, o que teremos de camisas queimadas com o numero 9 será uma grandeza. Lembrando que ele ainda joga até junho no Borussia, será que Kloop ainda vai apostar nele como comandante de ataque, com o clima que está formado em torno dele?

Frases do empresário a cerca da proposta do Madrid:

"Houve uma oferta imoral do Real Madrid", disse Barthel ao Spiegel Online.

"Nós escutamos a oferta por respeito a um clube tão grande. Mas quebrar a nossa palavra nunca passou pela nossa mente", acrescentou ele.

Números de Lewandowski no Borussia Dortmund:

Em 3 anos foram: 139 jogos e 75 gols 

Na Bundesliga foram 98 jogos e 54 gols

Frase de Lewandowski ao torcedor do Borussia:

"Querido fã do BVB, hoje eu gostaria de dedicar esse post a você! Juntos, temos a metade do ano à nossa frente. Durante este tempo, temos objetivos em comum que gostaria que possamos alcançar juntos. Gostaria de assegurar a todos vocês que eu farei o meu melhor. Conto com o seu apoio! Lewy".


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

POR UM FUTURO MAIS DÍGNO


Definitivamente essa temporada vai entrar pra história do United por dois aspectos; o primeiro é sem dúvida, que não temos mais a lenda escocesa, Ferguson, no banco depois de 27 anos, e a segunda é a não disputa de título por parte dos Red Devils em muitos anos. Nem sequer está entre os 4 melhores da Premier League. Hoje, o United é o 7° lugar. Desde de 1992, quando foi criada a Premier League, as piores colocações do Manchester foram nas temporadas, 2001, 2002 e 2004, um 3º lugar, o que significa, que David Moyes pode conduzir o United a uma campanha histórica no sentido negativo, não chegar entre os 4 e ficar fora da UCL.

Moyes, na minha opinião, não sabia o que é o tamanho do Manchester United e a cobrança que está por trás desse gigante europeu, descontando o fato de ser sua primeira temporada, ele não consegue dar uma identidade ao time. Acho ainda que ele começou fazendo errado, em apostar num elenco cansado e de idade elevada, fazendo o grande investimento em um jogador (na minha opinião) bem questionável em relação a valor, 27 milhões de libras (em torno de 100 milhões de reais). Investimento alto em apenas um jogador, com carências evidentes no elenco.



A campanha é bizarra, são 6 derrotas, 4 delas em casa e 2 fora, ou seja, em casa não é mais a fortaleza. 10 gols sofridos em casa. Conseguiu uma sequencia boa de vitórias, mas a duas últimas, especificamente diante do Hull e Norwich, muito mais na força da camisa do que futebol, a derrota diante do Tottenham expôs ainda mais a fragilidade defensiva e a falta de criatividade do meio campo.

Agora em janeiro, a janela de transferências estará aberta para corrigir alguns problemas. Se o United quiser disputar a próxima UCL, precisa reforçar o elenco urgentemente. José Mourinho lá de Londres já deu indícios que não contará com Juan Mata, há um choque entre o ótimo meia espanhol e o técnico português. Mata cairia como uma luva no United, será que o professor Moyes está ligado nesse embrolho, ou ele prefere trazer alguém da trupe do Everton. Se for pensar na forma de jogar do United, um 4-2-3-1, Mata e Rooney poderiam fazer essa função na linha de 3 com o aproveitamento de Januzaj, que pode ser uma boa alternativa por ser jovem e Van Persie, saudável, no comando do ataque.

Jogadores como Valencia, Kagawa, Nani e Ashley Young seriam ótimas moedas de troca. Para finalizar, o United precisa de um zagueiro, um meia, um lateral direito e um volante. 

Meu time ideal seria: De Gea; Van Der Wiel, Vidic e Hummels; Baines; Carrick e Verratti; Mata, Rooney e Januzaj e Van Persie.